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Euro supera os 1,45 dólares pela primeira vez
A moeda única europeia superou esta tarde, pela primeira vez na história, os 1,45 dólares, a beneficiar do corte de juros efectuado pela Reserva Federal (Fed) dos EUA.
A moeda única europeia superou esta tarde, pela primeira vez na história, os 1,45 dólares, a beneficiar do corte de juros efectuado pela Reserva Federal (Fed) dos EUA.
O euro [eur] subia 0,3% para os 1,4477 dólares, depois de já ter tocado no máximo histórico de 1,4504 dólares.
A moeda única europeia beneficiou da decisão da Fed norte-americana de reduzir a taxa de juro de referência para os EUA em 25 pontos base para os 4,5%. A autoridade monetária está a tentar evitar que a crise do sector imobiliário provoque uma recessão na economia norte-americana.
"A medida de hoje, combinada com a medida tomada em Setembro, deverá ajudar a prevenir alguns efeitos adversos na economia que podem, de outra forma, surgir" dos problemas dos mercados financeiros, defendeu hoje o comité da Fed, citado pela Bloomberg.
O comité deu a entender que não está a pensar em reduzir novamente a taxa de juro de referência para os EUA, uma intenção que é suportada pelos dados económicos hoje divulgados.
Os EUA divulgaram hoje que a economia norte-americana acelerou no terceiro trimestre, mais do que o esperado pelos economistas, o que sugere que a crise de crédito que se instalou no mercado financeiro no Verão poderá ter tido um impacto mais limitado do que os receios iniciais.
A contribuir ainda para a subida do euro contra o dólar esteve também a divulgação de um dado económico na Zona Euro.
O Eurostat anunciou que a taxa de inflação na Zona Euro acelerou em Outubro para 2,6%, superando as estimativas do mercado e atingindo o nível mais alto em dois anos. Este nível supera também a fasquia desejada pelo Banco Central Europeu (BCE) de 2%.
A inflação nos 13 Estados da Zona Euro subiu de 2,1%, em Setembro, para 2,6% em Outubro. Os economistas contactados pela Bloomberg apontavam para uma taxa de 2,3%, este mês.
Desde o início do ano, o euro está a valorizar mais de 9,5% contra o dólar, uma evolução justificada pela diminuição do diferencial de juros praticados nos dois lados do Atlântico. Enquanto os EUA reduziram os juros para os 4,5%, na Zona Euro o preço do dinheiro foi elevado para os 4%.
Esta redução do diferencial tem tornado os investimentos denominados em euros mais atractivos, o que tem beneficiado a moeda.