Notícia
Estudo mostra que PIB da Alemanha pode encolher 20% com coronavírus
O Instituto Ifo realizou um estudo sobre o impacto económico da pandemia do novo coronavírus que admite uma quebra superior a 20% da economia alemã em 2020. O estudo estima que cerca de 1,8 milhões de alemães percam o respetivo posto de trabalho.
A pandemia do novo coronavírus pode não se limitar a fazer lembrar os tempos pós-crise financeira, indo muito para além disso. De acordo com um estudo divulgado esta segunda-feira, 23 de março, pelo instituto alemão Ifo, sediado em Munique, o PIB germânico poderá encolher até 20,6% em 2020.
Os economistas alemães calculam ainda que o surto da covid-19 poderá fazer com que em torno de 1,8 milhões de cidadãos alemães percam o posto de trabalho e criar um buraco no orçamento federal germânico na ordem dos 200 mil milhões de euros.
Estas previsões do instituto Ifo engrandecem, e muito, a deterioração económica antecipada, por exemplo, pelo ministro alemão das Finanças, Olaf Scholz, que quantificava em 5% a estimativa para a recessão neste ano.
"Os custos deverão exceder qualquer coisa já vista na Alemanha, da crises económicas a desastres naturais nas últimas décadas", afirmou o presidente do Ifo, Clemens Fuest, citado pelo Politico.
Será a duração da pandemia a determinar o tamanho do estrago. O Ifo projeta uma recessão de 7,2% num cenário de dois meses de paralisação económica a uma quebra de 20,6% no pior cenário considerado.
Se no melhor cenário considerado os economistas do Ifo projetam uma quebra da produtividade de 60%, no pior estimam perdas de 80%. Note-se que algumas das principais empresas da Alemanha anunciaram o encerramento das respetivas unidades de produção, sendo exemplo disso mesmo o setor automóvel (BMW e Volkswagen).
Já esta segunda-feira, o governo chefiado pela chanceler Angela Merkel - que está em casa de quarentena - aprovou o lançamento de uma pacote de estímulos no valor de 748 mil milhões de euros para amortecer o impacto económico causado pela pandemia do novo coronavírus.
Tem vindo a ganhar força no seio do governo de aliança entre democratas-cristãos (CDU/CSU) e sociais-democratas (SPD) a ideia de abdicar da regra constitucional que obriga ao registo de défices zero por forma a conferir maior capacidade de ação a Berlim na resposta à pandemia em curso.
Os economistas alemães calculam ainda que o surto da covid-19 poderá fazer com que em torno de 1,8 milhões de cidadãos alemães percam o posto de trabalho e criar um buraco no orçamento federal germânico na ordem dos 200 mil milhões de euros.
"Os custos deverão exceder qualquer coisa já vista na Alemanha, da crises económicas a desastres naturais nas últimas décadas", afirmou o presidente do Ifo, Clemens Fuest, citado pelo Politico.
Será a duração da pandemia a determinar o tamanho do estrago. O Ifo projeta uma recessão de 7,2% num cenário de dois meses de paralisação económica a uma quebra de 20,6% no pior cenário considerado.
Se no melhor cenário considerado os economistas do Ifo projetam uma quebra da produtividade de 60%, no pior estimam perdas de 80%. Note-se que algumas das principais empresas da Alemanha anunciaram o encerramento das respetivas unidades de produção, sendo exemplo disso mesmo o setor automóvel (BMW e Volkswagen).
Já esta segunda-feira, o governo chefiado pela chanceler Angela Merkel - que está em casa de quarentena - aprovou o lançamento de uma pacote de estímulos no valor de 748 mil milhões de euros para amortecer o impacto económico causado pela pandemia do novo coronavírus.
Tem vindo a ganhar força no seio do governo de aliança entre democratas-cristãos (CDU/CSU) e sociais-democratas (SPD) a ideia de abdicar da regra constitucional que obriga ao registo de défices zero por forma a conferir maior capacidade de ação a Berlim na resposta à pandemia em curso.