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Espanha bloqueia nomeação de Yves Mersch para o BCE

O governador do banco central do Luxemburgo encontrou mais um obstáculo à sua nomeação para o Conselho Executivo do BCE depois da comissão de assuntos económicos e financeiros se ter oposto à sua candidatura em Outubro.

05 de Novembro de 2012 às 17:06
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O governo espanhol bloqueou a nomeação do governador do banco central do Luxemburgo, Yves Mersch, para membro do Conselho Executivo do Banco Central Europeu (BCE). A ocupação do lugar é fundamental para lidar com a crise da dívida na Europa.

O Conselho Europeu, que representa os estados membros da União Europeia (UE) tentou garantir a nomeação de Mersch através de um método mais rápido que poria fim ao impasse que se arrasta há vários meses. Porém Espanha bloqueou, hoje, segunda-feira, o procedimento. Depois disto os líderes da UE terão de se reunir, 22 e 23 de Novembro, para discutir, frente-a-frente, a nomeação de Mersch.

Até há data Espanha foi o único país a opor-se a esta nomeação, não é possível, porém, garantir que haverá consenso nesta reunião.

O Conselho Executivo do BCE composto por seis membros permanecerá até Dezembro com um lugar vago. A situação, que se verifica desde Maio de 2012, pode colocar problemas na gestão do BCE que desempenha um papel fulcral na estabilidade da UE, durante a crise.

Já a 26 de Outubro a comissão de assuntos económicos e financeiros se tinha oposto a esta nomeação justificando a posição pela ausência de mulheres a ocuparem cargos elevados no BCE. Até hoje apenas duas mulheres tiveram assento no Conselho Executivo do BCE.

Desconhece-se se Espanha indicará um candidato para competir com Mersch, pelo lugar deixado vago por José Manuel Gonzalez Paramo. Dois nomes foram mencionados, no passado, como possíveis escolhas de Espanha, Soledad Nunez Ramos, directora-geral do tesouro e política financeira do Ministério da Economia e Belen Romana Garcia, ex-directora geral do tesouro e economista.

O governador do banco central luxemburguês tem-se remetido ao silêncio no decurso do processo.

Espanha apresentou António Sainz Vicuna como candidato, porém a sua nomeação não foi bem sucedida, abrindo caminho para Mersch. Analistas consultados pela agência Reuters afirmaram que se Espanha tivesse apresentado a antiga ministra das Finanças Elena Salgado para o cargo no Conselho Executivo do BCE, esta teria sido escolhida em deterimento de Yves Mersch.
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