Notícia
"Éramos felizes e não sabíamos", diz Marcelo sobre coabitação com Costa
A meio da sua intervenção, ao falar das mudanças constantes e da "reconstrução permanente da História", o chefe de Estado referiu-se ao tempo em que coabitou com António Costa, agora presidente do Conselho Europeu.
04 de Dezembro de 2024 às 18:08
O Presidente da República referiu-se esta quarta-feira aos oito anos de coabitação com o anterior primeiro-ministro, António Costa, como um tempo que, "comparado com o que vinha por aí", será recordado como de "felicidade relativa".
Marcelo Rebelo de Sousa falava numa iniciativa do jornal Público sobre literacia mediática, em que manifestou "grande preocupação" com o panorama mediático e declarou que nos seus mandatos tem procurado "agir perante o chamado populismo, pela via popular, sem ultrapassar os limites que separam o popular do populista".
A meio da sua intervenção, ao falar das mudanças constantes e da "reconstrução permanente da História", o chefe de Estado referiu-se ao tempo em que coabitou com António Costa, agora presidente do Conselho Europeu.
"Dizia muitas vezes a um governante com o qual partilhei quase oito anos e meio de experiência inesquecível: um dia reconhecerá que éramos felizes e não sabíamos", relatou.
"Era tudo relativo, era uma felicidade relativa, mas, comparado com o que vinha por aí, era uma felicidade", considerou o Presidente da República.
Neste discurso, Marcelo Rebelo de Sousa retomou a ideia de que se está a entrar num novo ciclo "relativamente aos sistemas políticos, económicos, sociais e comunicacionais" e que "a realidade não está racional, está emocional".
"As novas lideranças são emocionais, as novas formas de comunicação são emocionais, os novos poderes são emocionais, não são racionais", apontou.
Sobre o panorama mediático, associou à presidência norte-americana de Donald Trump iniciada em 2016 o surgimento de uma "corrente de comunicação direta com os destinatários", que procura "abolir a intermediação toda" e criar "novos meios de comunicação social à medida daquele estilo", definindo "um novo paradigma de comunicação".
"Sem responsabilidade, influenciam, servem de intermediários e não respondem, porque não são eleitos. Ajudam a eleger. Isto é um fenómeno transnacional novo, que coincide com uma geopolítica em que vivemos hoje", descreveu.
O chefe de Estado manifestou-se "muito preocupado" com este "fenómeno transnacional" e com os problemas dos "meios de comunicação social mais clássicos", que no seu entender estão "mais fracos, lutando pela sobrevivência, com maior instabilidade interna, do ponto de vista dessa sobrevivência, com uma capacidade de renovação limitada".
O Presidente da República defendeu que, perante este "contexto novo", os sistemas políticos, económicos e sociais "ou se reajustam ou entram em crise".
"Isto se aplica também às lideranças. As lideranças ou se reajustam ou morrem mais depressa ou morrem mais devagar -- coincidindo ainda por cima com um período de substituição natural de lideranças, nomeadamente na Europa", acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa falava numa iniciativa do jornal Público sobre literacia mediática, em que manifestou "grande preocupação" com o panorama mediático e declarou que nos seus mandatos tem procurado "agir perante o chamado populismo, pela via popular, sem ultrapassar os limites que separam o popular do populista".
"Dizia muitas vezes a um governante com o qual partilhei quase oito anos e meio de experiência inesquecível: um dia reconhecerá que éramos felizes e não sabíamos", relatou.
"Era tudo relativo, era uma felicidade relativa, mas, comparado com o que vinha por aí, era uma felicidade", considerou o Presidente da República.
Neste discurso, Marcelo Rebelo de Sousa retomou a ideia de que se está a entrar num novo ciclo "relativamente aos sistemas políticos, económicos, sociais e comunicacionais" e que "a realidade não está racional, está emocional".
"As novas lideranças são emocionais, as novas formas de comunicação são emocionais, os novos poderes são emocionais, não são racionais", apontou.
Sobre o panorama mediático, associou à presidência norte-americana de Donald Trump iniciada em 2016 o surgimento de uma "corrente de comunicação direta com os destinatários", que procura "abolir a intermediação toda" e criar "novos meios de comunicação social à medida daquele estilo", definindo "um novo paradigma de comunicação".
"Sem responsabilidade, influenciam, servem de intermediários e não respondem, porque não são eleitos. Ajudam a eleger. Isto é um fenómeno transnacional novo, que coincide com uma geopolítica em que vivemos hoje", descreveu.
O chefe de Estado manifestou-se "muito preocupado" com este "fenómeno transnacional" e com os problemas dos "meios de comunicação social mais clássicos", que no seu entender estão "mais fracos, lutando pela sobrevivência, com maior instabilidade interna, do ponto de vista dessa sobrevivência, com uma capacidade de renovação limitada".
O Presidente da República defendeu que, perante este "contexto novo", os sistemas políticos, económicos e sociais "ou se reajustam ou entram em crise".
"Isto se aplica também às lideranças. As lideranças ou se reajustam ou morrem mais depressa ou morrem mais devagar -- coincidindo ainda por cima com um período de substituição natural de lideranças, nomeadamente na Europa", acrescentou.