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Endividamento da economia baixa de recorde em janeiro para 743,7 mil milhões

Mais de metade da redução do endividamento da economia nacional foi da responsabilidade das empresas, que reduziram em 1,3 mil milhões de euros.

O segundo confinamento geral vai provocar uma forte recessão no primeiro trimestre deste ano. A forma como for levantado e o controlo da pandemia serão determinantes para a evolução da economia.
Vítor Sousa
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O endividamento do setor não financeiro (estado, empresas e famílias) baixou 2,1 mil milhões de euros em janeiro, fixando-se em 743,7 mil milhões de euros, o que representa um alívio face ao valor recorde registado do final de 2020, anunciou o Banco de Portugal.

Este recuo interrompeu um ciclo de seis meses consecutivos em que o valor do endividamento do setor não financeiro aumentou. Do valor global registado no primeiro mês deste ano, 341,6 mil milhões de euros diziam respeito ao setor público, enquanto 402 mil milhões de euros eram referentes ao setor privado.

A redução do volume de endividamento do setor não financeiro face a dezembro de 2020 ficou a dever-se à diminuição de 900 milhões de euros do endividamento do setor público e de 1,2 mil milhões de euros do endividamento do setor privado.

A descida do endividamento do setor público em relação ao setor financeiro cifrou-se numa quebra de 1,1 mil milhões de euros. Já em relação às administrações públicas a descida foi de 500 milhões de euros. Reduções que foram em parte contrabalançadas pelo agravamento do endividamento relativamente ao exterior, num valor de 500 milhões de euros. 

"No setor privado, destaca-se o endividamento das empresas, o qual diminuiu 1,3 mil milhões de euros. Esta diminuição reflete sobretudo a redução do endividamento face ao exterior (0,9 mil milhões de euros) e face ao setor financeiro (0,2 mil milhões de euros)", pode ainda ler-se na comunicação feita pela instituição liderada por Mário Centeno. 

A descida do endividamento das empresas (para 260,6 mil milhões de euros) foi assim responsável por mais de metade da queda registada nos três segmentos do setor não financeiro. O endividamento das famílias praticamente estabilizou em 141,4 mil milhões de euros e o do setor público (Estado) desceu para 341,6 mil milhões de euros.


(notícia atualizada)
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