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Economia desacelera em junho com menor contributo da procura externa líquida

As incertezas quanto à evolução da economia no segundo trimestre não põem em causa a manutenção da previsão de crescimento anual avançada nos relatórios anteriores.

Portugal tinha, no final do ano passado, 10,64 milhões de habitantes, segundo estimativas do INE, o valor mais alto desde pelo menos 1900.
Miguel Baltazar
01 de Julho de 2024 às 13:15
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A atividade económica desacelerou em junho, em termos homólogos, apesar da ligeira melhoria da produção industrial, e teve o menor contributo da procura externa líquida, segundo o barómetro CIP/ISEG, hoje divulgado.

"Apenas só no próximo mês será possível avançar uma estimativa para o crescimento do PIB no segundo trimestre, no entanto, é já possível prever que este crescimento terá um maior contributo da procura interna, por contrapartida de um menor contributo da procura externa líquida", concluiu a análise da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG).

O barómetro aponta que as incertezas quanto à evolução da economia no segundo trimestre não põem em causa a manutenção da previsão de crescimento anual avançada nos relatórios anteriores, ou seja, o intervalo de 1,5% a 2,1% de aumento do Produto Interno Bruto (PIB) com o ponto central situado nos 1,8%.

Em termos setoriais, destaca-se a tendência de crescimento da produção industrial, que se aproximou dos 5% nos dois últimos meses, mas muito dependente da produção de energia elétrica.

O barómetro realça também que "a melhoria do desempenho da área da moeda única parece atualmente mais provável, mantendo-se, contudo, os riscos negativos decorrentes da situação geopolítica global".

"Temos de fazer mais e melhor neste segundo semestre. As reformas do sistema fiscal e administrativo têm de ganhar tração. E a concretização do PRR tem igualmente de manter o foco dos últimos meses para recuperarmos o tempo perdido", refere, citado em comunicado, o diretor-geral da CIP, Rafael Alves Rocha.
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