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Duisenberg diz inflação da Zona Euro abaixo dos 2% em 2002

A inflação da Zona Euro deverá descer abaixo dos 2% no próximo ano, com os riscos de pressões inflacionistas a registarem uma diminuição no médio prazo, defendeu hoje o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Wim Duisenberg.

28 de Maio de 2001 às 15:26
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A inflação da Zona Euro deverá descer abaixo dos 2% no próximo ano, com os riscos de pressões inflacionistas a registarem uma diminuição no médio prazo, defendeu hoje o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Wim Duisenberg.

«Os efeitos que levaram a inflação a estar acima dos 2% deverão diminuir gradualmente. Isto deverá levar a que a inflação desça abaixo dos 2% em 2002», afirmou o líder da autoridade monetária europeia, num discurso perante os membros do Parlamento Europeu.

A taxa de inflação da Zona Euro avançou para os 2,9% em Abril, afastando-se do objectivo de 2% traçado pelo BCE.

Duisenberg referiu que «os riscos de inflação estão agora mais equilibrados», sublinhando que «espera-se uma redução no crescimento do produto interno bruto (PIB) da Zona Euro em 2001, o que deverá levar ao abrandamento das pressões inflacionistas».

Números do M3 distorcidos «para cima»

O mesmo responsável manifestou a convicção que os últimos dados referentes ao crescimento da massa monetária da Zona Euro, ou M3, «estão distorcidos para cima», com o diferencial a poder ascender até um ponto percentual.

Em Abril, o M3 registou um progressão até aos 5%, números acima da meta delineada pelo BCE, que se situa nos 4,5%. Wim Duisenberg adiantou que o BCE vai rever os dados referentes ao crescimento da massa monetária, que funciona como um indicador avançado para a inflação, até final deste ano.

O presidente do BCE defendeu ainda que «a política fiscal deverá continuar o seu processo de consolidação» na Zona Euro, referindo que o abrandamento económico não deverá ser uma razão para adiar medidas que visem a redução dos défices orçamentais dos países integrantes da zona da moeda única.

No dia 10 de Maio, o BCE baixou a sua taxa directora, ou REFI, em 25 pontos base para os 4,5%, efectuando a primeira redução desde Abril de 1999, na tentativa de impulsionar o crescimento da economia da Zona Euro.

Duisenber justificou esta descida com «as nossas expectativas relativamente à evolução da inflação no futuro».

Quando os juros descem, os particulares e as empresas podem recorrer a financiamentos a um custo mais baixo, o que impulsiona o consumo e o investimento. No entanto, esta situação pode levar ao aumento das pressões inflacionistas, devido ao crescimento da procura.

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