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Dividendos no Novo Banco têm efeito positivo "pontual" em 2025, diz ministro
A posição surge depois de, na segunda-feira, o Governo ter confirmado o fim antecipado do acordo de capitalização contingente (CCA) no banco, falando num "bom acordo" que permite "normalizar" a instituição financeira, reduzir os encargos do Estado e encaixar 400 milhões de euros.
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10 de Dezembro de 2024 às 14:56
O ministro das Finanças defendeu esta terça-feira que a distribuição de dividendos no Novo Banco em 2025, que permitirá um encaixe financeiro de 325 milhões de euros, será uma "boa notícia meramente pontual" no próximo ano.
"O mais importante é que se olhe para estes 300 a 325 milhões de euros [de distribuição de dividendos do Novo Banco] como uma receita pontual que vai acontecer em 2025 e que não vai acontecer -- ou pelo menos não nesta dimensão -- nos próximos anos. Pode afetar o excedente [orçamental previsto] em 2025, mas aquilo que foi decidido pelo parlamento após a entrega do Orçamento durante a discussão na especialidade afeta as contas de 2025, e de todos os anos seguintes, em cerca de 400 milhões de euros", explicou Joaquim Miranda Sarmento.
Falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas no final de uma reunião do Ecofin, o governante rematou: "Esta boa notícia é uma boa notícia para o setor financeiro e para o país, mas também uma boa notícia para o Estado, é meramente pontual e não nos deve desviar daquilo que é a necessidade de manter as contas públicas equilibradas".
A posição surge depois de, na segunda-feira, o Governo ter confirmado o fim antecipado do acordo de capitalização contingente (CCA) no banco, falando num "bom acordo" que permite "normalizar" a instituição financeira, reduzir os encargos do Estado e encaixar 400 milhões de euros.
"O Novo Banco foi vendido em 2017 com um acordo de contingência de capital e esse acordo foi fechado no final da semana passada, com o acordo do Governo", disse o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento
"É um acordo que permite [...] normalizar a situação do banco - o banco, a partir desta semana, passa a ser um banco que opera em condições perfeitamente normais como a sua concorrência [...] -; permite ao Estado português deixar de ter uma responsabilidade contingente relacionada com a garantia de cerca de 500 milhões de euros - portanto há 500 milhões de euros dos 3,9 mil milhões da garantia que sabemos que já não serão utilizados", acrescentou.
O acordo permitirá ainda, segundo o ministro, "ao Estado português ter um ganho financeiro de cerca de 400 milhões de euros, entre o não exercício de uma penalização que o Novo Banco tinha direito, de cerca de 75 milhões de euros, e a distribuição de dividendos que ocorrerá no próximo ano, [...] de 325 milhões de euros", elencou o governante.
O Novo Banco foi vendido em 2017 ao fundo americano Lone Star.
O acordo de capitalização contingente foi negociado durante o processo da compra do Novo Banco pelo fundo Lone Star e foi ao abrigo deste que o Fundo de Resolução injetou mais de 3.000 milhões de euros no banco. Em contrapartida, o acordo proibia a distribuição de dividendos pelo banco.
O Novo Banco, que ficou com parte da atividade bancária do Banco Espírito Santo (BES) na sequência da resolução de 2014, tem no fundo Lone Star o seu acionista maioritário, com 75% do capital, estando os restantes 25% divididos entre Fundo de Resolução e a Direção-Geral do Tesouro e Finanças.
"O mais importante é que se olhe para estes 300 a 325 milhões de euros [de distribuição de dividendos do Novo Banco] como uma receita pontual que vai acontecer em 2025 e que não vai acontecer -- ou pelo menos não nesta dimensão -- nos próximos anos. Pode afetar o excedente [orçamental previsto] em 2025, mas aquilo que foi decidido pelo parlamento após a entrega do Orçamento durante a discussão na especialidade afeta as contas de 2025, e de todos os anos seguintes, em cerca de 400 milhões de euros", explicou Joaquim Miranda Sarmento.
A posição surge depois de, na segunda-feira, o Governo ter confirmado o fim antecipado do acordo de capitalização contingente (CCA) no banco, falando num "bom acordo" que permite "normalizar" a instituição financeira, reduzir os encargos do Estado e encaixar 400 milhões de euros.
"O Novo Banco foi vendido em 2017 com um acordo de contingência de capital e esse acordo foi fechado no final da semana passada, com o acordo do Governo", disse o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento
"É um acordo que permite [...] normalizar a situação do banco - o banco, a partir desta semana, passa a ser um banco que opera em condições perfeitamente normais como a sua concorrência [...] -; permite ao Estado português deixar de ter uma responsabilidade contingente relacionada com a garantia de cerca de 500 milhões de euros - portanto há 500 milhões de euros dos 3,9 mil milhões da garantia que sabemos que já não serão utilizados", acrescentou.
O acordo permitirá ainda, segundo o ministro, "ao Estado português ter um ganho financeiro de cerca de 400 milhões de euros, entre o não exercício de uma penalização que o Novo Banco tinha direito, de cerca de 75 milhões de euros, e a distribuição de dividendos que ocorrerá no próximo ano, [...] de 325 milhões de euros", elencou o governante.
O Novo Banco foi vendido em 2017 ao fundo americano Lone Star.
O acordo de capitalização contingente foi negociado durante o processo da compra do Novo Banco pelo fundo Lone Star e foi ao abrigo deste que o Fundo de Resolução injetou mais de 3.000 milhões de euros no banco. Em contrapartida, o acordo proibia a distribuição de dividendos pelo banco.
O Novo Banco, que ficou com parte da atividade bancária do Banco Espírito Santo (BES) na sequência da resolução de 2014, tem no fundo Lone Star o seu acionista maioritário, com 75% do capital, estando os restantes 25% divididos entre Fundo de Resolução e a Direção-Geral do Tesouro e Finanças.