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Dimensão do impacto da crise na economia portuguesa é incerto

O Banco de Portugal considera que a actual crise nos mercados financeiros terá uma implicação desfavorável na economia portuguesa. No Boletim Económico de Primavera, onde não faz previsões para 2008, Vítor Constâncio diz contudo que há uma incerteza eleva

15 de Abril de 2008 às 13:02
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O Banco de Portugal considera que a actual crise nos mercados financeiros terá uma implicação desfavorável na economia portuguesa. No Boletim Económico de Primavera, onde não faz previsões para 2008, Vítor Constâncio diz contudo que há uma incerteza elevada sobre o impacto da crise na economia portuguesa.

O Banco de Portugal divulgou hoje o Boletim Económico de Primavera, que contudo não contêm quaisquer projecções para a economia portuguesa em 2008. O Governador Vítor Constâncio já avisou, no entanto, que irá rever em baixa a perspectiva de crescimento para este ano, actualmente em 2%, devido aos efeitos negativos da crise.

Em 2007, o Produto Interno Bruto cresceu a uma taxa anual de 1,9%, mantendo, segundo o Banco de Portugal, uma "trajectória de recuperação, com uma aceleração significativa para níveis superiores aos observados nos últimos anos".

No entanto, o Banco de Portugal assinala que "a segunda metade de 2007 e o início de 2008 caracterizaram-se pela ocorrência simultânea de três choques externos adversos, interligados entre si, com importantes implicações macroeconómicas a nível global".

O primeiro citado pelo Banco de Portugal diz respeito à turbulência nos mercados financeiros internacionais, o segundo está relacionado com a alta dos preços do petróleo e das matérias-primas e for fim, a desaceleração da economia americana.

O Banco de Portugal considera que "a combinação destes choques não deixará de ter implicações desfavoráveis sobre a dinâmica de recuperação da economia portuguesa, afectando a procura externa dirigida à economia portuguesa, as decisões intertemporais de consumo e investimento dos agentes económicos e a evolução das suas condições de solvabilidade.

Adianta contudo que "persiste uma incerteza particularmente elevada sobre o grau de deterioração do enquadramento macroeconómico a nível global – nomeadamente dado o efeito amplificador da interacção entre a actividade económica e os mercados financeiros - bem como sobre o respectivo impacto na economia portuguesa".

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