O acidente nuclear na central nuclear de Fukushima, no Japão, foi um desastre “provocado pelo homem”, apurou uma comissão de inquérito do Parlamento nipónico, num relatório divulgado e citado pela BBC.

De acordo com o relatório, o desastre “poderia e deveria ter sido previsto e prevenido” e os seus efeitos “mitigados por uma resposta humana mais efectiva”. O mesmo documento identificou deficiências sérias na resposta do governo e do operador da central Tepco.

A central nuclear de Fukushima ficou seriamente danificada após o tsunami, que atingiu o país em Março de 2011, ter destruído os sistemas de arrefecimento dos reactores, levando a várias fusões em cadeia e à libertação de radioactividade.

No seguimento do desastre nuclear, milhares de residentes tiveram que ser evacuados de uma zona de exclusão à volta da central, enquanto os trabalhadores tentavam estabilizar os reactores, o que apenas aconteceu no final de 2011.

O relatório considera que, apesar do sismo que abalou a região, o acidente nuclear de Fukushima Daiichi não pode ser considerado um desastre natural e foi causado por falhas humanas.

O acidente nuclear, o pior desde Tchernobil, apenas aconteceu porque as agências do governo “não funcionaram correctamente”.