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Defesa da escola pública leva milhares ao Marquês de Pombal

A iniciativa, que tem na Fenprof um dos principais promotores, foi convocada no final de Maio em resposta às iniciativas dos colégios privados. Todos os partidos da esquerda parlamentar estiveram representados.

18 de Junho de 2016 às 16:34
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Milhares de pessoas estão concentradas na praça Marquês de Pombal, em Lisboa, para defender uma escola pública de qualidade. Vão, juntamente com representantes de todos os partidos da esquerda parlamentar, descer a Avenida da Liberdade numa marcha para que "as pessoas saúdem e defendam" o ensino público.

Algumas das personalidades que subscreveram a petição em defesa da escola pública que foi entregue na Assembleia da República subiram ao palco para fazerem intervenções sobre os motivos que os trouxeram à rua. Entre os oradores constam a presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Helena Roseta, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, e a antiga secretária de Estado da Edução Ana Benavente.

Bloco de Esquerda (BE) e Partido Comunista Português (PCP) estiveram também na manifestação, representados pelas suas principais figuras: a porta-voz do Bloco, Catarina Martins, e o secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, lideram as delegações de ambos os partidos.

"A escola pública tem estado sob ataque nos últimos anos. Teve um corte imenso no número de professores: o número de alunos desceu 6% mas o de professores desceu 20%", vincou a bloquista Catarina Martins. Já o líder comunista, Jerónimo de Sousa, advoga por seu turno que a escola privada "tem de ser complementar e não substitutiva" da pública, aquela que "se afirma cada vez mais como elemento de afirmação, qualificação e contribuição do setor do ensino para um país que precisa tanto de desenvolvimento".

O socialista Porfírio Silva define a escola pública como "essencial para melhorar a igualdade de oportunidades" entre os portugueses, e o executivo do PS liderado por António Costa está efetivamente a "promover a escola pública" e a sua importância, realçou, antes de arrancar a marcha pela Avenida da Liberdade.

Esta "é uma marcha da diversidade. Não é uma marcha de uma cor só, é uma marcha de todas as cores, é uma marcha da diversidade e da democracia e, quando assim é, acho que vai ser uma festa em torno da escola pública, que bem merece que as pessoas a saúdem e que a defendam", afirmou Mário Nogueira.

A iniciativa, que tem na Fenprof um dos principais promotores e organizadores, foi convocada no final de Maio, numa altura em que os colégios privados, com contrato de associação, se desdobravam em ações diárias para contestar a anunciada redução do número de turmas financiadas pelo Estado em estabelecimentos particulares, já a partir do próximo ano lectivo.

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