O saldo orçamental das Administrações Públicas – ao qual apenas falta somar as contas das Regiões e Autarquias – diminuiu assim 29% face ao período homólogo. Ainda assim, uma degradação face ao que se verificou em Outubro, quando o défice se reduziu em 34%.



A explicar esta evolução está sobretudo a pior situação das contas do subsector Estado, onde a despesa, que estava a cair 3,6%, recuou agora apenas 2,5% (em termos acumulados), em grande medida devido à rubrica de “transferências correntes”, onde se contabilizam fundos canalizados para fora da Administração Pública.



Este movimento só em parte foi compensado pela melhoria relativa da receita tributária do Estado, que passou de um crescimento de 5,2 para 5,7%. Os impostos directos explicam este resultado, possivelmente já em resultado do aumento do IVA da electricidade.



Ainda no Estado, as despesas de capital estão a travar de forma pronunciada. Depois de crescer quase 7%, o investimento atingiu em Novembro um crescimento de 1,3% - ainda assim, longe do recuo nominal que está previsto pela “troika” para o conjunto do ano.