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Criadores da vacina Sputnik V e AstraZeneca assinam acordo de cooperação

As empresas russas responsáveis pelo desenvolvimento e fabricação da vacina Sputnik V e a farmacêutica britânica AstraZeneca assinaram hoje um memorando de cooperação na luta contra a covid-19.  

21 de Dezembro de 2020 às 12:54
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Do lado dos russos, o acordo foi subscrito pelo Centro Nacional de Investigação de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, o Fundo de Investimentos Diretos Russo e a farmacêutica R-Farm.

De acordo com o diretor do centro Gamaleya, Alexandr Ginzburg, as vacinas russa e britânica têm muitas semelhanças e, por isso, a sua compatibilidade promete ser alta.

"Os ensaios clínicos estão de facto a começar e penso que não vão exigir muito investimento, nem muito tempo", afirmou Ginzburg durante a cerimónia de assinatura do acordo, que contou com a presença, por videoconferência, do Presidente russo, Vladimir Putin.

Vladimir Putin considerou que "é importante fazer uso de todas as possibilidades oferecidas pela cooperação internacional para aproximar ao máximo o momento de vitória sobre a infeção".

"Conscientes da nossa responsabilidade comum, é importante compreender que é precisamente a cooperação que pode multiplicar os resultados alcançados por determinados países e empresas", acrescentou.

O Presidente também elogiou o facto de os especialistas russos terem dado um "contributo substancial" para a luta contra o novo coronavírus, acrescentando que já foram desenvolvidas na Rússia três vacinas eficazes.

A AstraZeneca e a Rússia anunciaram recentemente a realização de ensaios clínicos para avaliar a segurança da utilização conjunta das duas vacinas que desenvolveram contra o novo coronavírus.

Os testes clínicos para o uso das duas vacinas em conjunto serão realizados em pessoas com 18 anos ou mais.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.685.785 mortos resultantes de mais de 76,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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