O crescimento do agregado da massa monetária da Zona Euro, ou M3, acelerou para os 6,4% em Julho, acima dos 6,1% registados no mês anterior, dificultando descidas de taxas de juro por parte do Banco Central Europeu (BCE).

O aumento verificado no M3, que funciona como um indicador avançado em relação à evolução da inflação na zona da moeda única, foi superior ao estimado pelos analistas, que aguardavam uma progressão para os 6,2%.

A meta da autoridade monetária europeia para o M3 situa-se nos 4,5%. A inflação da Zona Euro também está acima do objectivo de 2% traçado pelo BCE, apesar de ter descido em junho para os 2,8%, depois de situar-se nos 3% em Maio.

Os números divulgados hoje indiciam que as pressões inflacionistas poderão aumentar ao longo dos próximos meses na Zona Euro, dificultando descidas de juros por parte do BCE.

O BCE vai reunir na próxima quinta-feira, com os analistas a aguardarem a decisão da autoridade monetária da Zona Euro em relação à sua taxa directora, que se situa actualmente nos 4,5%, depois de uma única redução de 25 pontos base desde o início do ano, no decorrer do mês de Maio.

A descida dos juros costuma impulsionar o investimento e o consumo, através da redução dos encargos afectos à contracção de financiamentos por parte de empresas e particulares. No entanto, este movimento pode contribuir também para aumentar as pressões inflacionistas, devido ao incremento da procura.