O crédito bancário registou um crescimento de 6,9%, menos 0,7 pontos percentuais do que em Julho. A queda do crédito a sociedades não financeiras é a principal causa deste abrandamento, disse o Banco de Portugal nos Indicadores de Conjuntura de Setembro.

No mês de Agosto, o crédito às sociedades não financeiras cresceu a uma taxa de 6,1% contra os 7,7% obtidos no mês de Julho.

O peso do crédito bancário a sociedades não financeiras, no total do crédito bancário interno, diminuiu de 3,3 pontos percentuais registados em Julho para os 2,6 pontos percentuais em Agosto.

Em relação ao crédito bancário ao sector privado não financeiro, também se registou um abrandamento. Em Agosto a taxa de crescimento foi de 9,1% contra os 9,8% do mês anterior.

No que diz respeito ao crédito bancário a particulares, o crescimento foi superior ao do mês de Julho. Em Agosto, a taxa de expansão foi de 12,2% contra os 12% obtidos no mês transacto. Esta evolução deve-se à aceleração do crédito ao consumo em 0,8 pontos percentuais para os 3,1% em Agosto.

O crédito à habitação cresceu 0,1 pontos percentuais para os 15,3%.

O relatório destaca a forte presença do crédito a particulares e nomeadamente, do crédito à habitação, no crédito bancário interno. A «trajectória de abrandamento que o crédito a particulares registou ao longo de 2001, foi interrompida no início de 2002», refere o banco central nos Indicadores de Conjuntura de Setembro.

Desde então, este indicador tem registando um «forte» aumento aliado às baixas taxas de juro nominais e ao crédito bonificado que terminou no mês de Setembro.

Em Setembro, as taxas de juro dos depósitos a prazo (181 dias a 1 ano) manteve-se inalterada nos 2,9%, o mesmo nível do final do ano 2001, enquanto a taxa de juro, aplicada às operações de crédito a sociedades não financeiras (de prazos entre 91 e 181 dias), diminuiu de 5,2% em Agosto para os 5,1% em Setembro.