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Crescimento das exportações supera o das importações em novembro. Preços aliviam

Exportações subiram 18,9% em novembro e importações aumentaram 16,2%, face a igual período do ano passado. Inflação ajuda a explicar, em grande medida, a subida homóloga registada, apesar de haver já sinais de travagem. Défice comercial agravou-se em 198 milhões de euros, atingindo 2.433 milhões.

As trocas de mercadorias entre Portugal e a Croácia passam sobretudo por componentes industriais.
Bruno Colaço
09 de Janeiro de 2023 às 11:10
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As exportações de bens tiveram uma subida homóloga, em termos nominais (que não excluem o efeito da inflação) de 18,9% em novembro e as importações cresceram 16,2%. Esses aumentos foram ditados, em parte, pela inflação, que começa a dar sinais de travagem, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira.

Apesar de os preços continuarem a pesar nas trocas comerciais, o INE aponta para uma desaceleração da inflação registada tanto nas mercadorias compradas como vendidas. "Os índices de valor unitário (preços) registaram variações homólogas de 13,0% nas exportações e 14,1% nas importações (14,5% e 14,2%, respetivamente em outubro de 2022)", indica.

A destacar-se, no que toca às exportações nacionais, estão a subida de 100,4% registada nos combustíveis e lubrificantes e o aumento de 30,9% nas máquinas e outros bens de capital vendidos por Portugal aos seus parceiros comerciais. Em sentido contrário, as importações de combustíveis e lubrificantes subiu 36% e de material de transporte cresceu 35,6%.

Excluindo combustíveis e lubrificantes, as exportações aumentaram 15,5% e as importações cresceram 13,5%, o que compara com os 19,4% e 25,2% registados, respetivamente, em outubro. "Os índices de valor unitário (preços) excluindo os produtos petrolíferos registaram variações de 11,8% nas exportações e 9,8% nas importações", nota o INE.

Em novembro, houve um aumento de 12,3% nas exportações para Espanha, sobretudo de máquinas e outros bens de capital e 14% nas importações, principalmente de produtos alimentares e bebidas e material de transporte. Destacaram-se ainda acréscimos de 17,3% nas exportações para França, devido principalmente aos fornecimentos industriais, e de 21,8% nas importações da Alemanha, sobretudo de material de transporte.

Já o défice da balança comercial agravou-se em 198 milhões de euros, face a novembro de 2021, atingindo 2.433 milhões. Excluindo combustíveis e lubrificantes, o défice comercial totalizou 1.563 milhões de euros, mais 81 milhões face ao ano passado.

(notícia atualizada às 11:23)
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