O crescimento da actividade económica em Portugal desacelerou, em Junho, pelo oitavo mês consecutivo, para o nível mais baixo em mais de um ano e meio, revelam os indicadores coincidentes do Banco de Portugal conhecidos esta sexta-feira, 20 de Julho.

No mês passado, o indicador do banco central que mede a taxa de variação homóloga da actividade económica desceu para 1,8, um nível que não era registado desde Novembro de 2016.

"Em Junho, o indicador coincidente mensal para a actividade económica manteve a trajectória descendente iniciada em Outubro de 2017", refere o Banco de Portugal.

O consumo privado segue no mesmo sentido, estando a abrandar desde o mesmo mês do ano passado. À semelhança da actividade económica, o crescimento do consumo privado desacelerou, em Junho, pelo oitavo mês, neste caso para o nível mais baixo desde Outubro de 2016.

Os dados do PIB de Portugal do primeiro trimestre já haviam confirmado o "arrefecimento" da recuperação económica, com o crescimento a abrandar de 0,7%, no último trimestre de 2017, para 0,4% nos primeiros três meses deste ano. Em termos homólogos, a subida foi de 2,1%.

Ainda que as expectativas sejam de uma melhoria do crescimento da economia no segundo trimestre, os sinais não são todos animadores. Esta quarta-feira, o INE revelou que o indicador de actividade económica cresceu menos em Maio quando comparado com os três meses anteriores: 2,6% face a 2,7% em Fevereiro, Março e Abril.

Recentemente, a comissão europeia previu um um crescimento de 2,2% para a economia portuguesa em 2018, um valor que fica uma décima abaixo da expectativa do Governo e das últimas previsões de Bruxelas.