Notícia
Costa Silva: "Estamos a testemunhar a transformação da economia nacional"
O ministro da Economia e do Mar diz que as 53 agendas mobilizadoras vão mudar gradualmente o "chão de fábrica" das empresas, ao criar 18 mil novos postos de trabalho, 11 mil dos quais altamente qualificados.
Há uma "confiança muito grande" na "resiliente" economia portuguesa. Quem o diz é António Costa Silva, ministro da Economia e do Mar, que esta terça-feira visitou o Europarque, em Santa Maria da Feira, acompanhado pelo ainda primeiro-ministro. Os dois participam no segundo encontro anual para o acompanhamento das 53 Agendas Mobilizadoras, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Costa Silva sublinhou que as agendas mobilizadoras vão permitir chegar a 2026 com mais oito mil milhões de euros de volume de negócios e mais 18 mil novos postos de trabalho, dos quais 11 mil altamente qualificados, afirmando que há hoje um "novo modelo de trabalho", fruto da aliança entre os setores industriais e a ciência e tecnologia, que veio trazer mais conhecimentos ao "chão de fábrica" das empresas.
O programa das agendas mobilizadoras prevê um investimento de 7,7 mil milhões de euros, com um incentivo de 2,915 mil milhões de euros do PRR, que vai "mudar o paradigma", sublinhou Costa Silva, acrescentando que o país está a "testemunhar uma transformação da economia nacional" ao criar novos produtos de valor acrescentado a Portugal.
Neste sentido, o ministro da Economia disse que os consórcios dos projetos das agendas mobilizadoras interagem com os "seis vértices do hexágono virtuoso" da economia, como a capacidade exportadora do país, que no ano passado correspondeu a 48% do PIB nacional, o aumento das qualificações e a inovação, que fez aumentar em 7,6% o número de patentes registradas em 2022, 27% delas provenientes das agendas mobilizadoras.
Além disso, o desenvolvimento dos projetos aumenta a atração de investimento direto estrangeiro, que chegou aos 3,6 mil milhões de euros em 2023, reiterou o ministro, que sublinhou ainda a importância do setor tecnológico nas agendas.
"No passado não tinhamos muitas empresas tecnológicas. Hoje, das dez empresas com maior capacidade bolsista, cinco são de tecnologia. A economia portuguesa é resiliente e a conjuntura externa é difícil, com inflação e guerras, mas estamos a conseguir responder", considerou Costa Silva.
No agroalimentar, o economista afirmou que o país tem "grandes 'players' a trabalhar neste setor". "No que toca ao fabrico de equipamentos, falhamos muitas vezes nisto", apontou, mas referindo que projetos como a Viiafood vão colmatar esta lacuna.
O ministro destacou alguns grandes nomes que estão presentes nos consórcios e as diversas áreas em que estão inseridos, como é o caso do carro "APM" da agenda Be Neutral. O veículo, em exposição no Europarque, ganhou o projeto para estar presente nos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, para o transporte de staff, pessoas com deficiência e todos os atletas. O objetivo do consórcio é garantir as próximas cidades sustentáveis do futuro, com um carro com zero emissão de CO2.
Costa Silva definiu ainda a inteligência artificial como a ferramenta que poderá ter um "efeito muito grande" na economia portuguesa, especialmente no campo da saúde, já que o "mercado da saúde digital vai ser indispensável".
O ministro da economia apelou a que o país tenha "confiança" nas suas capacidades. "Temos de acreditar em nós próprios. Portugal parece trabalhar de costas uns para os outros, mas estamos aqui a mudar de paradigma, a ligar a ciência à economia e a ter em atenção tudo aquilo que é conhecimento", finalizou.
(texto editado por Carla Pedro)
Costa Silva sublinhou que as agendas mobilizadoras vão permitir chegar a 2026 com mais oito mil milhões de euros de volume de negócios e mais 18 mil novos postos de trabalho, dos quais 11 mil altamente qualificados, afirmando que há hoje um "novo modelo de trabalho", fruto da aliança entre os setores industriais e a ciência e tecnologia, que veio trazer mais conhecimentos ao "chão de fábrica" das empresas.
Neste sentido, o ministro da Economia disse que os consórcios dos projetos das agendas mobilizadoras interagem com os "seis vértices do hexágono virtuoso" da economia, como a capacidade exportadora do país, que no ano passado correspondeu a 48% do PIB nacional, o aumento das qualificações e a inovação, que fez aumentar em 7,6% o número de patentes registradas em 2022, 27% delas provenientes das agendas mobilizadoras.
Além disso, o desenvolvimento dos projetos aumenta a atração de investimento direto estrangeiro, que chegou aos 3,6 mil milhões de euros em 2023, reiterou o ministro, que sublinhou ainda a importância do setor tecnológico nas agendas.
"No passado não tinhamos muitas empresas tecnológicas. Hoje, das dez empresas com maior capacidade bolsista, cinco são de tecnologia. A economia portuguesa é resiliente e a conjuntura externa é difícil, com inflação e guerras, mas estamos a conseguir responder", considerou Costa Silva.
No agroalimentar, o economista afirmou que o país tem "grandes 'players' a trabalhar neste setor". "No que toca ao fabrico de equipamentos, falhamos muitas vezes nisto", apontou, mas referindo que projetos como a Viiafood vão colmatar esta lacuna.
O ministro destacou alguns grandes nomes que estão presentes nos consórcios e as diversas áreas em que estão inseridos, como é o caso do carro "APM" da agenda Be Neutral. O veículo, em exposição no Europarque, ganhou o projeto para estar presente nos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, para o transporte de staff, pessoas com deficiência e todos os atletas. O objetivo do consórcio é garantir as próximas cidades sustentáveis do futuro, com um carro com zero emissão de CO2.
Costa Silva definiu ainda a inteligência artificial como a ferramenta que poderá ter um "efeito muito grande" na economia portuguesa, especialmente no campo da saúde, já que o "mercado da saúde digital vai ser indispensável".
O ministro da economia apelou a que o país tenha "confiança" nas suas capacidades. "Temos de acreditar em nós próprios. Portugal parece trabalhar de costas uns para os outros, mas estamos aqui a mudar de paradigma, a ligar a ciência à economia e a ter em atenção tudo aquilo que é conhecimento", finalizou.
(texto editado por Carla Pedro)