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Costa Silva: Empresas rentáveis em dificuldades devem ser ajudadas

António Costa Silva defende que se deve ajudar empresas estratégicas como a Efacec ou a TAP e mostra-se favorável à injeção de dinheiro em empresas que têm rentabilidade, mas enfrentam dificuldades.

António Costa Silva foi chamado pelo Governo para apresentar uma visão de longo prazo para o país.
Mariline Alves
25 de Julho de 2020 às 12:58
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António Costa Silva mostra-se favorável à injeção de capital em empresas rentáveis e estratégicas para o país, mas que estão em dificuldades. Em entrevista ao Expresso, o consultor do Governo alerta ainda que é preciso tirar os projetos da gaveta e defende uma austeridade inteligente, com contas públicas controladas.

"Não sou favorável a despejar dinheiro em cima dos problemas, mas temos certas empresas que são absolutamente estratégicas para o futuro, como a Efacec. Defendo que as empresas que têm rentabilidade e estão a passar dificuldades por causa da crise sejam ajudadas", explicou o gestor em entrevista ao Expresso, acrescentando que é importante ter a TAP, outra das empresas que foi alvo da ajuda do Executivo.

Quanto aos projetos para usar o valor que Portugal vai receber do Fundo de Recuperação Europeu, Costa Silva lembra que há muito a tradição de manter planos na gaveta, algo que tem que se superar.

"Se daqui a dez anos pudermos dizer que construímos a rede ferroviária, ligá-la a Espanha e à Europa, apostámos nos nossos portos e digitalizámo-los, apostámos na requalificação das pessoas, fizemos a transição digital pelo menos na administração pública, continuámos a investir na ciência e tecnologia e ainda fizemos a reconversão industrial, penso que aí poderemos dizer que fizemos alguma coisa. Se daqui a dez anos continuarmos a discutir para onde vai o país, aí a nossa história é trágica e irresolúvel", adiantou.

Já em relação ao tema da austeridade, Costa Silva é perentório: "e for no sentido de termos contas públicas absolutamente controladas, eficiência nos gastos, redução de gorduras e más aplicações de dinheiros públicos, sermos absolutamente inflexíveis no seu controlo... se isso é austeridade, é necessária austeridade. O que penso é que temos de ter uma austeridade inteligente".

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