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Costa: “Espanha apoiou Guterres e Centeno. Guindos contará com o apoio” de Portugal

Numa entrevista ao ABC, o primeiro-ministro português destacou a relação próxima com Mariano Rajoy e garantiu que Portugal vai apoiar a candidatura de Guindos à vice-presidência do BCE.

Lusa
11 de Fevereiro de 2018 às 17:39
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O primeiro-ministro António Costa garantiu, em entrevista ao jornal espanhol ABC deste domingo, que Portugal apoiará a candidatura de Luis de Guindos à vice-presidência do Banco Central Europeu (BCE), tal como Espanha apoiou António Guterres, na ONU, e Mário Centeno, para a posição de presidente do Eurogrupo.

 

"Rajoy e eu construímos uma relação muito próxima, porque temos pontos de vista coincidentes sobre o presente e o futuro da Europa. E ajudámo-nos muito nas candidaturas uns dos outros. Espanha apoiou António Guterres e Mário Centeno, e Luis de Guindos contará com o apoio do governo português. Esta cumplicidade é muito forte entre nós", assegurou António Costa.

 

A garantia do chefe do governo português é dada poucos dias depois de fonte do seu gabinete ter adiantado que Costa já havia reiterado a Mariano Rajoy o apoio de Portugal a uma candidatura do actual ministro da Economia de Espanha à vice-presidência do BCE, para substituir o português Vítor Constâncio, que termina o mandato no final de Maio.

 

O prazo para os países da Zona Euro apresentarem candidatos ao cargo termina na quarta-feira, sendo que Espanha e Irlanda já anunciaram que vão entrar na corrida.

 

Na mesma entrevista, questionado sobre a situação da Catalunha, António Costa preferiu não se alongar nos comentários, dizendo apenas que se trata de "uma questão interna" que espera "que acabe bem".

 

"Espanha é um país central na Europa e a sua estabilidade é fundamental para toda a Europa. O mais importante é o respeito pelo Estado de Direito. Trata-se de uma questão interna de Espanha e queremos que acabe bem", comentou o primeiro-ministro português.

 

António Costa falou ainda da sua relação com o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lembrando que o chefe de Estado foi seu professor e sempre mantiveram uma boa relação ao longo dos anos.

 

"A tradição portuguesa é que exista uma boa relação institucional, mas é uma grande vantagem para o país a capacidade que temos de trabalhar juntos. Um presidente eleito pela direita e um primeiro-ministro eleito pela esquerda, com uma grande relação pessoal e de trabalho, que compreendem e respeitam o país", sintetizou.

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