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Costa: "Entre Governo e Presidente da República nunca há braços de ferro"

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17 de Julho de 2021 às 13:15
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O primeiro-ministro recusou este sábado, 17 de julho, que exista um conflito ou um braço de ferro entre o Governo e o Presidente da República, admitindo apenas "divergências" entre o parlamento e o executivo sobre as competências de cada um.

Esta posição foi transmitida por António Costa em declarações aos jornalistas, em Luanda, à margem da Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), depois de questionado sobre a possibilidade de o Governo recorrer ao Tribunal Constitucional após Marcelo ter promulgado dois diplomas sobre professores.

Um dos diplomas do parlamento obriga o Governo à abertura de um concurso de vinculação extraordinária de professores nas escolas do ensino artístico especializado e o outro obriga o executivo minoritário socialista a negociar a revisão do regime de recrutamento e mobilidade do pessoal docente dos ensinos básico e secundário.

Questionado se existe um braço de ferro entre o Governo e o Presidente da República, António Costa rejeitou essa tese. "Em primeiro lugar, entre o Governo e o Presidente da República nunca há braços de ferro. Há uma relação institucional normal", respondeu.

O primeiro-ministro procurou alertar depois "para uma confusão que nunca deve existir" na opinião pública e que disse "aproveitar a ocasião para sinalizar isso mesmo".

"Quando há uma divergência entre o Governo e a Assembleia da República sobre as respetivas competências, o conflito nunca é com o Presidente da República. Quando muito, esse conflito seria entre o Governo e a Assembleia da República. Mas, ainda assim, não seria drama, porque é o funcionamento normal das instituições", argumentou.

António Costa referiu depois que o seu executivo "respeita a Assembleia da República e a Assembleia da República respeita o Governo". "Sobretudo, todos temos de respeitar a Constituição. Quando há dúvidas sobre a constitucionalidade [de diplomas], como somos um Estado de Direito, há uma entidade própria que se deve pronunciar e fixar qual é o juízo constitucional, que é o Tribunal Constitucional", acrescentou.

Uma sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF mostra que os portugueses desvalorizam os "arrufos" entre Marcelo e Costa, que nas últimas semanas se envolveram em braços de ferro sanitários e constitucionais. Mais de metade (52%) dos inquiridos classifica como boa ou muito boa a relação entre o Presidente e o primeiro-ministro. "Nem boa, nem má" é a resposta de 35% e só 8% acha que é má ou muito má.
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