Notícia
Coronavírus: Diretora geral da Saúde afasta cenário de um milhão de portugueses infetados
Graça Freitas diz que os dados que existem neste momento vindos da China são "mais favoráveis", razão porque afasta "completamente" a hipótese de um milhão de portugueses poder vir a ser infetado.
29 de Fevereiro de 2020 às 11:14
A diretora geral da Saúde, Graça Freitas, afastou este sábado a hipótese de o novo coronavírus vir a infetar um milhão de portugueses, já que os dados que existem neste momento vindos da China são "mais favoráveis".
"Afasto completamente. Já vamos no quarto cenário e os dados são cada vez mais favoráveis e o grau de incerteza é cada vez menor", afirmou Graça Freitas em conferência de imprensa, em Lisboa, explicando que a hipótese de um milhão de portugueses poder vir a ser infetado tinha na base uma taxa de ataque para a gripe A, de 2009.
A conferência de imprensa foi marcada após o semanário Expresso ter titulado na sua primeira página que "Graça Freitas admite um milhão de infetados em Portugal".
Os técnicos, médicos e matemáticos, estão a trabalhar no último cenário com base em novos dados de um estudo feito pela China e, segundo a diretora geral da Saúde, "esta cenarização aproxima-se cada vez mais da realidade".
Graça Freitas reiterou que neste momento Portugal encontra-se numa fase de "contenção alargada", sem qualquer caso positivo de infeção por coronoavirus que dá origem à doença Covid-19.
Na entrevista ao Expresso, a diretora-geral da Saúde admitiu que poderá haver 21.000 infectados na semana mais crítica, assegurando que as autoridades de saúde estão a preparar-se para esta possibilidade.
"Estamos a fazer cenários para uma taxa total de ataque de 10% [um milhão de portugueses] e assumindo que vai haver uma propagação epidémica mais intensa durante, pelo menos, 12 a 14 semanas", afirmou Graça Freitas ao semanário.
A diretora geral de Saúde explicou que os cenários que têm vindo a ser traçados "servem apenas e só para que os serviços de saúde sejam programados e sejam afinados" e para a elaboração de planos de contingência. Contudo, disse, "a prova dos nove só será feita mesmo durante a própria epidemia".
Admitindo a hipótese de poder surgir uma epidemia em Portugal, uma possibilidade que ganha cada vez mais força devido aos casos ocorridos em Itália, e que mudou o panorama da Europa, Graça Freitas afirmou que se desconhece qual será a pior semana de contágio, mas que os serviços de saúde estão prontos para dar resposta, existindo atualmente 12 hospitais de referência.
"A pior semana ainda não sabemos, estamos sempre a comparar com a gripe. Quando o vírus se tornar epidémico teremos de observar como se comporta na fase inicial", disse.
A diretora-geral da Saúde insistiu nas medidas de autoproteção, como lavar as mãos com frequência com água e sabão, não tossir para as mãos, nem a menos de um metro de outra pessoa, se possível, e evitar contactos físicos próximos, como beijos e abraços, mas reforçou que não é necessário usar máscaras de proteção.
Até ao momento os 59 casos suspeitos que fizeram testes nos hospitais deram todos negativos de coronovirus, que dá origem a doença Covid-19.
O surto do novo coronavírus, que dá origem à doença, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.916 mortos e infetou mais de 84 mil pessoas, de acordo com dados reportados por 57 países e territórios.
Das pessoas infetadas, mais de 36 mil recuperaram.
Além de 2.835 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.
Dois portugueses tripulantes de um navio de cruzeiros encontram-se hospitalizados no Japão com confirmação de infeção.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para "muito elevado".
A DGS manteve na sexta-feira o risco da epidemia para a saúde pública em "moderado a elevado".
(Notícia atualizada às 12:20 com mais informação)
"Afasto completamente. Já vamos no quarto cenário e os dados são cada vez mais favoráveis e o grau de incerteza é cada vez menor", afirmou Graça Freitas em conferência de imprensa, em Lisboa, explicando que a hipótese de um milhão de portugueses poder vir a ser infetado tinha na base uma taxa de ataque para a gripe A, de 2009.
Os técnicos, médicos e matemáticos, estão a trabalhar no último cenário com base em novos dados de um estudo feito pela China e, segundo a diretora geral da Saúde, "esta cenarização aproxima-se cada vez mais da realidade".
Graça Freitas reiterou que neste momento Portugal encontra-se numa fase de "contenção alargada", sem qualquer caso positivo de infeção por coronoavirus que dá origem à doença Covid-19.
Na entrevista ao Expresso, a diretora-geral da Saúde admitiu que poderá haver 21.000 infectados na semana mais crítica, assegurando que as autoridades de saúde estão a preparar-se para esta possibilidade.
"Estamos a fazer cenários para uma taxa total de ataque de 10% [um milhão de portugueses] e assumindo que vai haver uma propagação epidémica mais intensa durante, pelo menos, 12 a 14 semanas", afirmou Graça Freitas ao semanário.
A diretora geral de Saúde explicou que os cenários que têm vindo a ser traçados "servem apenas e só para que os serviços de saúde sejam programados e sejam afinados" e para a elaboração de planos de contingência. Contudo, disse, "a prova dos nove só será feita mesmo durante a própria epidemia".
Admitindo a hipótese de poder surgir uma epidemia em Portugal, uma possibilidade que ganha cada vez mais força devido aos casos ocorridos em Itália, e que mudou o panorama da Europa, Graça Freitas afirmou que se desconhece qual será a pior semana de contágio, mas que os serviços de saúde estão prontos para dar resposta, existindo atualmente 12 hospitais de referência.
"A pior semana ainda não sabemos, estamos sempre a comparar com a gripe. Quando o vírus se tornar epidémico teremos de observar como se comporta na fase inicial", disse.
A diretora-geral da Saúde insistiu nas medidas de autoproteção, como lavar as mãos com frequência com água e sabão, não tossir para as mãos, nem a menos de um metro de outra pessoa, se possível, e evitar contactos físicos próximos, como beijos e abraços, mas reforçou que não é necessário usar máscaras de proteção.
Até ao momento os 59 casos suspeitos que fizeram testes nos hospitais deram todos negativos de coronovirus, que dá origem a doença Covid-19.
O surto do novo coronavírus, que dá origem à doença, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.916 mortos e infetou mais de 84 mil pessoas, de acordo com dados reportados por 57 países e territórios.
Das pessoas infetadas, mais de 36 mil recuperaram.
Além de 2.835 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.
Dois portugueses tripulantes de um navio de cruzeiros encontram-se hospitalizados no Japão com confirmação de infeção.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para "muito elevado".
A DGS manteve na sexta-feira o risco da epidemia para a saúde pública em "moderado a elevado".
(Notícia atualizada às 12:20 com mais informação)