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Consulados na Suíça querem revisão salarial
O Sindicato dos Trabalhadores Consulares e das Missões Diplomáticas (STCMD) afirma que a decisão de o banco central suíço cortar a ligação com o euro "atirou todos os trabalhadores dos postos consulares e diplomáticos na Suíça para uma situação insustentável".
Em comunicado, o sindicato português informa que já solicitou ao Ministério dos Negócios Estrangeiros que sejam tomadas de imediato as medidas para accionar os mecanismos de equilíbrio previstos na lei laboral, que estipula uma revisão intercalar das tabelas remuneratórias em caso de acentuada perda de poder de compra, devido à inflação ou variação cambial.
O sindicato afirma que os trabalhadores são duplamente penalizados, sofrendo - além da variação cambial (controlada nos últimos três anos pela indexação) - com um sistema de tributação fiscal que o sindicato considera injusto, por considerar os trabalhadores como residentes em Portugal. O STCMD acusa ainda os governantes portugueses de deixarem "ao longo de demasiados anos arrastar uma situação salarial incompatível com a dignidade das funções exercidas", refere o comunicado.
O banco central da Suíça revogou, quinta-feira, 15 de Janeiro, a taxa mínima de conversão de 1,20 francos suíços por euro, fazendo disparar a moeda helvética para máximos históricos, depois de subir, num só dia, 29% face à moeda única.