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Construção regressa ao pessimismo em Setembro

A AECOPS – Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas considera que o pessimismo regressou ao sector português de construção civil e obras públicas após o Verão.

07 de Outubro de 2003 às 13:29
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No inquérito mensal de conjuntura aos empresários, relativo ao final de Setembro, a AECOPS considera «um cenário mais sombrio do que o que se vinha registando nos últimos meses (?) é o que resulta dos valores apurados durante o mês de Setembro».

Para a AECOPS, o mês de Setembro voltou a ser «decepcionante, reforçando a convicção de que o ano de 2003 marcará um período negativo no que ao sector da construção concerne».

Em termos acumulados, de Janeiro a Setembro do ano corrente, as opiniões sobre o nível global de actividade têm-se revelado bem mais negativas do que em 2002 (saldos médios acumulados de menos 16% e menos 31%, em 2002 e 2003, respectivamente).

«De notar que o resultado obtido em Setembro último foi o segundo mais negativo do ano corrente, menos 35%, contrariamente aos três meses anteriores, período durante o qual as opiniões relativas ao nível de actividade global se tinham traduzido por uma média de menos 25%», refere a AECOPS.

No que respeita ao ritmo de produção, o segmento que apresenta os resultados mais desfavoráveis é o da construção de edifícios residenciais, com um saldo médio acumulado de menos 39% até Setembro, seguido do dos edifícios não residenciais (menos 37%).

Pelo contrário, as empresas que se dedicam a obras de engenharia civil têm vindo a reflectir uma situação ligeiramente menos desfavorável do que há um ano atrás, com os resultados apurados até Setembro a situarem-se em menos 21% e menos 17% em 2002 e 2003, respectivamente.

A taxa de utilização da capacidade produtiva instalada nas empresas é este ano inferior à registada um ano antes: 79,4% e 75,7%, até Setembro de 2002 e de 2003, respectivamente.

Também o número de meses de trabalho assegurado é actualmente menor do que o declarado pelas empresas ao longo dos primeiros nove meses do ano transacto, ou seja, 11,8 e 9,7 meses, em 2002 e em 2003, respectivamente.

Segundo a AECOPS, esta redução deve-se «ao menor volume de encomendas detidas pelas empresas que se dedicam à construção de edifícios residenciais».

A corroborar o abrandamento da produção habitacional, o número de fogos concluídos até ao fim de Junho, com as 26.632 conclusões apuradas pelo INE para esse período a traduzirem uma quebra de 43% relativamente à versão de dados comparável do ano anterior.

O baixo nível de actividade do sector é também atestado pelo consumo de cimento, que apresentou uma quebra próxima dos 20% até ao final do mês de Agosto.

A AECOPS sublinha ainda que os dados apurados através do inquérito ao emprego elaborado pelo INE apontam para uma redução homóloga de 2,8% no número de trabalhadores deste sector durante o primeiro semestre deste ano.

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