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Congresso do PS volta a ser "Alegre"
A intervenção de Manuel Alegre, a primeira desde que perdeu as presidenciais para Cavaco Silva, é o momento mais aguardado do segundo dia de trabalhos em Matosinhos. Aquele que foi o "fantasma" do anterior Congresso chegará a Matosinhos reintegrado na família socialista.

Além disso, já tem um lugar garantido na Comissão Política Nacional dos socialistas, tendo aceitado o convite do secretário-geral, José Sócrates. O histórico militante chegou à Exponor ao final da manhã e vai fazer uma intervenção ao final da tarde, já perto da hora de início dos telejornais.
O segundo dia do conclave "rosa" já arrancou – com uma hora de atraso – e deverá prolongar-se pelo menos até à uma da manhã, com interrupções para o almoço e o jantar. O presidente do partido e da mesa do Congresso, Almeida Santos, foi o primeiro a sentar-se no seu lugar e esperou longos minutos enquanto a sala enchia. Logo no início teve direito a uma homenagem transmitida através de vídeo, que recordou vários momentos da carreira política de um "príncipe da democracia".
A agenda prevê a apresentação e a discussão das moções globais e sectoriais, mas os delegados aguardam em especial a intervenção de alguns "pesos pesados" do partido, como António Costa, presidente da Câmara de Lisboa e número dois do partido, Francisco Assis, líder parlamentar e apontado como um dos favoritos à sucessão de Sócrates, e António José Seguro, outro socialista que poderá avançar quando o actual secretário-geral abandonar.
Os órgãos internos do partido deverão sofrer poucas mudanças. Além do regresso de Manuel Alegre à Comissão Política, o Secretariado Nacional (onde se senta o núcleo duro de apoio ao líder) também sofrerá uma pequena remodelação. Isto porque os estatutos impõem um limite de três mandatos para cargos executivos no partido, o que obrigará António Costa e Vieira da Silva a ceder o lugar neste órgão.