Notícia
Comissão Europeia antecipa revisão em baixa do crescimento económico e subida da inflação
O comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, apontou que estes são "tempos muito incertos" com "águas muito agitadas", nomeadamente devido aos impactos económicos da guerra na Ucrânia causada pela invasão russa e pela crise energética.
11 de Julho de 2022 às 18:06
A Comissão Europeia antecipou esta segunda-feira uma revisão em baixa do crescimento económico da zona euro e da União Europeia (UE) este ano e "ainda mais" em 2023, enquanto a inflação será revista em alta, nas previsões divulgadas na quinta-feira.
"Vamos apresentar as nossas previsões económicas mais tarde nesta semana e o que vemos é que o crescimento económico se está a revelar resiliente este ano, mas é de esperar uma revisão em baixa este ano e ainda mais no próximo ano porque há muitas incertezas e riscos", declarou o vice-presidente executivo da Comissão Europeia com a pasta de "Uma economia que funciona para as pessoas".
Falando à entrada para uma reunião de ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo), Valdis Dombrovskis avisou que, "infelizmente, a inflação continua a surpreender pela negativa e, por isso, vai ser novamente revista em alta".
Na reunião do Eurogrupo, os ministros do euro vão discutir a situação orçamental na área do euro e as orientações em matéria de política orçamental para 2023, estando prevista a adoção de uma declaração sobre as orientações em matéria de política orçamental para a elaboração dos orçamentos nacionais para o próximo ano.
Também falando à imprensa na chegada ao encontro, em Bruxelas, o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, apontou que estes são "tempos muito incertos" com "águas muito agitadas", nomeadamente devido aos impactos económicos da guerra na Ucrânia causada pela invasão russa e pela crise energética.
No que toca às previsões, o responsável indicou que, "de momento, está prevista uma redução e um crescimento limitado", embora não se preveja "território negativo".
Embora admitindo que "os preços da energia são muito voláteis", Paolo Gentiloni assinalou que "o que vai afetar mais os cenários [estimados pela Comissão Europeia nestas previsões] são as eventuais ruturas no abastecimento do gás".
"O que pode mudar a situação em que nos encontramos e levar-nos a uma situação económica mais difícil são os cortes no abastecimento e ruturas efetivas no fornecimento, isso pode realmente alterar o cenário", insistiu.
Paolo Gentiloni defendeu ainda mudanças nos apoios orçamentais: "Devido à pandemia, foram necessários fortes apoios às economias, mas agora, com um elevado nível de inflação e uma crise totalmente diferente, temos de transformar este apoio universal em medidas mais direcionadas e temporárias".
Estes avisos decorrem dias antes da publicação das previsões económicas do verão da Comissão Europeia, na próxima quinta-feira, e numa altura em que os preços batem máximos, nomeadamente na área da energia, a inflação atinge valores recorde e a guerra na Ucrânia continua a causar consequências económicas.
Nas suas previsões da primavera, publicadas em meados de maio, Bruxelas já tinha revisto em forte baixa as previsões de crescimento económico na Europa, estimando subidas de 2,7% do PIB este ano, tanto na UE como na zona euro, quando no inverno projetava aumentos de 4% em ambos os casos.
Na altura, o executivo comunitário projetou uma "revisão considerável" em alta da taxa de inflação na zona euro este ano, para 6,1%, principalmente impulsionada pelos preços energéticos e alimentares, com pico no segundo trimestre e descida em 2023.
"Vamos apresentar as nossas previsões económicas mais tarde nesta semana e o que vemos é que o crescimento económico se está a revelar resiliente este ano, mas é de esperar uma revisão em baixa este ano e ainda mais no próximo ano porque há muitas incertezas e riscos", declarou o vice-presidente executivo da Comissão Europeia com a pasta de "Uma economia que funciona para as pessoas".
Na reunião do Eurogrupo, os ministros do euro vão discutir a situação orçamental na área do euro e as orientações em matéria de política orçamental para 2023, estando prevista a adoção de uma declaração sobre as orientações em matéria de política orçamental para a elaboração dos orçamentos nacionais para o próximo ano.
Também falando à imprensa na chegada ao encontro, em Bruxelas, o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, apontou que estes são "tempos muito incertos" com "águas muito agitadas", nomeadamente devido aos impactos económicos da guerra na Ucrânia causada pela invasão russa e pela crise energética.
No que toca às previsões, o responsável indicou que, "de momento, está prevista uma redução e um crescimento limitado", embora não se preveja "território negativo".
Embora admitindo que "os preços da energia são muito voláteis", Paolo Gentiloni assinalou que "o que vai afetar mais os cenários [estimados pela Comissão Europeia nestas previsões] são as eventuais ruturas no abastecimento do gás".
"O que pode mudar a situação em que nos encontramos e levar-nos a uma situação económica mais difícil são os cortes no abastecimento e ruturas efetivas no fornecimento, isso pode realmente alterar o cenário", insistiu.
Paolo Gentiloni defendeu ainda mudanças nos apoios orçamentais: "Devido à pandemia, foram necessários fortes apoios às economias, mas agora, com um elevado nível de inflação e uma crise totalmente diferente, temos de transformar este apoio universal em medidas mais direcionadas e temporárias".
Estes avisos decorrem dias antes da publicação das previsões económicas do verão da Comissão Europeia, na próxima quinta-feira, e numa altura em que os preços batem máximos, nomeadamente na área da energia, a inflação atinge valores recorde e a guerra na Ucrânia continua a causar consequências económicas.
Nas suas previsões da primavera, publicadas em meados de maio, Bruxelas já tinha revisto em forte baixa as previsões de crescimento económico na Europa, estimando subidas de 2,7% do PIB este ano, tanto na UE como na zona euro, quando no inverno projetava aumentos de 4% em ambos os casos.
Na altura, o executivo comunitário projetou uma "revisão considerável" em alta da taxa de inflação na zona euro este ano, para 6,1%, principalmente impulsionada pelos preços energéticos e alimentares, com pico no segundo trimestre e descida em 2023.