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Comércio Brasil China em yuan e reais vai demorar anos
O plano anunciado ontem pelo Governo brasileiro de que o comércio entre o Brasil e a China passe a ser feito nas moedas chinesa e brasileira em vez de em dólares vai demorar anos, afirmam analistas, ouvidos pela Bloomberg.
O plano anunciado ontem pelo Governo brasileiro de que o comércio entre o Brasil e a China passe a ser feito nas moedas chinesa e brasileira em vez de em dólares vai demorar anos, afirmam analistas, ouvidos pela Bloomberg.
A razão para este atraso é o facto da moeda chinesa não ser convertível nos mercados internacionais, ao contrário do que se passa com a maioria das moedas, nomeadamente a brasileira. Segundo o um banco chinês sedeado em Hong Kong, este facto, fará com que o plano anunciado ontem por Celso Amorim, o ministro dos negócios estrangeiros brasileiro, venha a ser limitado.
“Pode levar alguns anos até a China e o Brasil começarem mesmo a usar o yuan nos negócios porque a moeda é de uso limitado fora da China”, afirmou à Bloolber Shi Lei, um analista na maior empresa de mercado cambial chinesa.
O Governo chinês pretende vir a permitir a total convertibilidade da sua moeda nas balanças de pagamentos internacionais, mas esse é um processo que vai demorar algum tempo, com as autoridades a recusarem apresentar uma meta temporal para o fazer. O Governo anunciou no mês passado que Shangai e quatro cidades do Sul vão passar a poder transaccionar com o exterior em yuan, afirma a mesma agência noticiosa. Desde 2005, quando o Governo abandonou a ancoragem ao dólar, a moeda valorizou 21% contra a moeda norte-americana.
O plano sino-brasileiro é mais um sinal da crescente resistência e desconforto que as grandes economias emergentes começam a sinalizar face à hegemonia da moeda norte-americana.
Nos últimos meses a Rússia está a diversificar as suas reservas de dólares apostando no euros, a china tem vários planos promoção do yuan como moeda de troca com várias regiões – nos últimos meses assinou acordos de troca de moeda com os bancos centrais do Brasil, Argentina, Indonésia, Coreia do Sul, Malásia, Bielorussia, que totalizam cerca de 95 mil milhões de dólares –, e o Brasil sinaliza com este acordo uma aproximação à posição chinesa.
Uma comissão nomeada pelas Nações Unidas e lidera Joseph Stigliltz, prémio Nobel de 2001, para analisar a actual crise financeiro propôs recentemente a criação de uma moeda internacional de reserva que substituísse o dólar. Essa moeda teria por base um cabaz de moedas que veriam o seu peso no mundo traduzido nesa nova moeda internacional. A proposta mereceu o apoio do Governo chinês.
Apesar da intenção de afirmação de alternativas ao dólar a China não pretende uma queda abruta da moeda norte-americana. O seu banco central acumulou ao longo dos últimos anos cerca de 780 mil milhões de obrigações do tesouro dos EUA, pelo uma desvalorização do dólar implicaria fortes perdas.
A razão para este atraso é o facto da moeda chinesa não ser convertível nos mercados internacionais, ao contrário do que se passa com a maioria das moedas, nomeadamente a brasileira. Segundo o um banco chinês sedeado em Hong Kong, este facto, fará com que o plano anunciado ontem por Celso Amorim, o ministro dos negócios estrangeiros brasileiro, venha a ser limitado.
O Governo chinês pretende vir a permitir a total convertibilidade da sua moeda nas balanças de pagamentos internacionais, mas esse é um processo que vai demorar algum tempo, com as autoridades a recusarem apresentar uma meta temporal para o fazer. O Governo anunciou no mês passado que Shangai e quatro cidades do Sul vão passar a poder transaccionar com o exterior em yuan, afirma a mesma agência noticiosa. Desde 2005, quando o Governo abandonou a ancoragem ao dólar, a moeda valorizou 21% contra a moeda norte-americana.
O plano sino-brasileiro é mais um sinal da crescente resistência e desconforto que as grandes economias emergentes começam a sinalizar face à hegemonia da moeda norte-americana.
Nos últimos meses a Rússia está a diversificar as suas reservas de dólares apostando no euros, a china tem vários planos promoção do yuan como moeda de troca com várias regiões – nos últimos meses assinou acordos de troca de moeda com os bancos centrais do Brasil, Argentina, Indonésia, Coreia do Sul, Malásia, Bielorussia, que totalizam cerca de 95 mil milhões de dólares –, e o Brasil sinaliza com este acordo uma aproximação à posição chinesa.
Uma comissão nomeada pelas Nações Unidas e lidera Joseph Stigliltz, prémio Nobel de 2001, para analisar a actual crise financeiro propôs recentemente a criação de uma moeda internacional de reserva que substituísse o dólar. Essa moeda teria por base um cabaz de moedas que veriam o seu peso no mundo traduzido nesa nova moeda internacional. A proposta mereceu o apoio do Governo chinês.
Apesar da intenção de afirmação de alternativas ao dólar a China não pretende uma queda abruta da moeda norte-americana. O seu banco central acumulou ao longo dos últimos anos cerca de 780 mil milhões de obrigações do tesouro dos EUA, pelo uma desvalorização do dólar implicaria fortes perdas.