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Clima económico e confiança animam julho após abrandamento

Indicadores de sentimento dos consumidores e empresários melhoram no arranque do terceiro trimestre, após desaceleração do consumo privado e do investimento.

18 de Agosto de 2022 às 12:14
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Os indicadores de sentimento e alguns indicadores de alta frequência, como o consumo de eletricidade e os levantamentos na rede multibanco, apontam para a expetativa de melhoria na atividade económica em julho, após o abrandamento que se traduziu, no segundo trimestre, numa variação negativa de 0,2% em cadeia no PIB.

 

Nos dados da síntese económica de conjuntura publicados nesta quinta-feira pelo INE, destaca-se relativamente ao arranque do terceiro trimestre uma melhoria no indicador de confiança dos consumidores, com uma trajetória menos negativa em julho, na comparação com o mês precedente.

 

Outro indicador qualitativo, do lado dos empresários, aponta para uma melhor marca no clima económico em julho, após recuos em junho e maio.

 

Noutros indicadores relativamente ao mês passado, a síntese do INE inclui dados sobre as operações realizadas na rede multibanco neste que é um mês forte de despesa em período de férias. O montante global de levantamentos, pagamentos e compras crescia em julho 19,9%, acelerando face a uma subida de 16,6% no mês anterior.

 

Também segundo o INE, o consumo médio de eletricidade em dia útil registou uma variação homóloga de 4,8% em julho, comparando com taxas de 2,2% e 2,8% em maio e junho, respetivamente. 

 

No segundo trimestre, o crescimento do PIB abrandou para 6,9% (11,8% no trimestre anterior), na comparação homóloga. Em cadeia, o PIB nacional registou uma variação negativa de 0,2%, após um crescimento de 2,5% no primeiro trimestre, com a procura interna a ter um contributo menos positivo para a economia. Consumo privado e investimento desaceleraram.

 

Já a procura externa líquida teve um contributo mais positivo para o PIB, com as exportações de bens e serviços a melhorarem, numa maior aceleração devido aos serviços turísticos.

 

Também a indústria, retalho e construção assistiam em junho a uma aceleração nos respetivos índices de volume de negócios. Nalguns casos, como o da indústria, a refletir em grande parte a subida dos custos com a energia.

 

O INE destaca o impacto para o saldo externo de bens do aumento dos bens energéticos, notando "o aumento mais expressivo dos preços implícitos das importações de bens comparativamente às exportações", que se traduz em "perdas dos termos de troca, que se têm agravado nos últimos meses".

 

Entretanto, mantém-se a tendência de descida nos preços energéticos. "Considerando a informação disponível para agosto, o preço do petróleo (Brent) prolongou o movimento descendente verificado no mês precedente, registando um valor médio de 100,7 euros nos primeiros quinze dias, o que representa uma diminuição de 8,4% face ao valor médio de julho", refere a nota desta quinta-feira.

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