Notícia
Cidades espanholas "apertam" com despedidas de solteiros
Madrid, Salamanca ou Granada são alguns dos municípios que já endureceram os regulamentos para controlar excessos, mas há empresários a avisar que os turistas não procuram o país "para rezar".
Se está a programar uma despedida de solteiro(a) em Tarifa, uma pequena cidade à beira-mar pertencente à província espanhola de Cádis, tenha cuidado com o que vai vestir, com os jogos e brincadeiras em preparação, com a quantidade de bebida ou com o barulho. É que a executivo local está a pedir "mão dura" à polícia municipal para aplicar os regulamentos de convivência e de protecção do meio ambiente.
Segundo o El País, o autarca Francisco Ruiz insurgiu-se contra "os gritos, as atitudes e os disfarces indecorosos" que "projectam uma má imagem da localidade e interferem na vida diária" dos residentes. E se as regras que proíbem o barulho são explícitas - acima dos 70 decibéis durante o dia e restrição absoluta a partir das 23:00 -, o "alcaide" socialista promete "afinar mais" as normas para restringir o uso de indumentárias "ofensivas".
Também na Andaluzia, o município de Mojácar (Almería) já explicitou que os futuros noivos e os convidados não podem usar "coroas de pénis" na cabeça nem simular em público "práticas obscenas com bonecas insufláveis". Escreve o mesmo jornal que outras cidades espanholas, como Madrid, Salamanca, Logroño ou Granada, adoptaram igualmente medidas similares para refrear esta forma de "turismo selvagem".
Entre relatos de apoio à intensificação da vigilância por parte de hotéis e restaurantes, há também empresas especializadas neste tipo de festas a pedir que não se mate a galinha dos ovos de ouro, que atrai à costa sul espanhola clientes de todo o país e do estrangeiro. É o caso de Carlos Damas, gestor da DiAdiós, para quem as despedidas de solteiro não devem ser "demonizadas". "Qualquer grupo de jovens não vem a Tarifa para rezar, mas para festejar", sustenta o empresário.