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Chipre quer ser “o melhor” a implementar as medidas da troika

Restrições aos movimentos de capitais deverão ser levantadas em Janeiro de 2014 e o país quer voltar aos mercado mais cedo do que se possa esperar. “Comportamento dos cipriotas é o melhor”, garante o presidente cipriota.

18 de Setembro de 2013 às 09:42
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O Chipre prevê levantar todas as restrições aos movimentos de capitais em Janeiro, quase um ano depois de ter sido o primeiro país europeu a recorrer a depósitos bancários acima de 100 mil euros para financiar a reestruturação dos bancos e de ter imposto o controlo da saída de capitais para o estrangeiro, por forma a impedir o colapso do seu sistema financeiro.

 

Nicos Anastasiades, presidente cipriota, afirma numa entrevista à Bloomberg que “o objectivo agora é criar condições para o crescimento, atacar os problemas sérios do desemprego e estabilizar o sistema financeiro”. As restrições aos movimentos de capitais “estão a ser levantadas” e deverão terminar no início do próximo ano, afirmou.

 

“O comportamento dos cipriotas tem sido responsável, sem reacções excessivas, sem avançarem para greves e em paz laboral”, salientou Anastasiades, que garante estar convencido que “mais cedo do que seria expectável” o país estará em posição de voltar aos mercados” e de voltar ao crescimento.

 

Já esta semana, o FMI veio dizer que o Chipre fez “progressos louváveis” no sentido de estabilizar as suas finanças, mas que “os riscos para o programa ainda são substanciais”, não havendo espaço “para derrapagens na sua implementação” e que uma política firme na implementação das medidas será essencial para o sucesso do programa de assistência financeira”. Estas palavras, sublinha o presidente cipriota, são uma prova de reconhecimento da “disciplina” do seu país por parte do FMI.

 

A economia de Chipre caiu 5,9% no segundo trimestre deste ano, depois de já ter recuado 5% no primeiro trimestre. Na semana passada, o país  recebeu dos ministros das Finanças da zona euro a luz verde para receber uma nova tranche de 1,5 mil milhões de euros, no seguimento do pedido de ajuda financeira aceite em Março deste ano.

 

Apesar de terem estado entre os principais afectados pelo congelamento dos depósitos acima de 100 mil euros nos dois maiores bancos cipriotas, os russos continuam a apostar no turismo na região e em Agosto as chegadas de russos registaram um crescimento de 25%. Mais um indicador de confiança, afirma Anastasiades, sublinhando que apesar de terem retirado os seus capitais do Chipre, muitos russos mantêm na ilha as sedes das suas empresas. 

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