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China isola cidade para conter vírus. Há 571 pessoas infetadas e 17 mortes
A cidade onde surgiu o vírus, e que tem uma população equivalente à de Portugal em número, vai ser isolada com o objetivo de conter a propagação da doença.
O coronavírus que surgiu em Wuhan, na China, continua a gerar preocupação a nível internacional. Na China, o Governo tomou a medida de cessar os transportes públicos na cidade onde foram detetados os primeiros casos, mas a Comissão Nacional de Saúde já confirmou 571 pessoas infetadas e 17 vítimas mortais desta doença.
As autoridades chinesas ordenaram que parassem as viagens a partir de Wuhan, com o objetivo de conter o vírus nesta cidade, onde vivem 11 milhões de cidadãos. Esta medida é especialmente impactante numa altura em que milhares de chineses viajam a propósito das festividades do ano novo chinês.
Apesar do os números oficiais apontarem para centenas de infetados, a imprensa chinesa aponta para um número mais de 10 vezes maior: segundo o levantamento feito pelo meio de comunicação chinês Caixin junto de médicos de Wuhan, o vírus pode já ter chegado a 6.000 pessoas.
Os casos de infetados pelo coronavírus já foram detetados em seis países diferentes: além da China, já há registos em Taiwan, na Coreia do Sul, no Japão, na Tailândia e até nos Estados Unidos. Nos aeroportos norte-americanos já se fazem testes aos passageiros que vêm de Wuhan e, em breve, espera-se que os voos a partir da cidade chinesa sejam canalizados para apenas um aeroporto.
A Organização Mundial de Saúde diz que precisa de mais tempo para avaliar o nível de emergência desta situação. Para já, os esforços dos cientistas estão a ser canalizados para a criação de uma vacina, um processo que é, contudo, demorado, reporta a CNN Health.
O coronavírus já deu que falar há 17 anos, quando se manifestou através de uma epidemia de SARS – Síndrome Respiratória Aguda Severa. O coronavírus por detrás desta síndrome era algo diferente – e aparentemente mais agressivo – do que aquele que surgiu agora em Wuhan, mas os cientistas não desvalorizam o potencial negativo do mais recente. O vírus associado ao SARS também surgiu na China, mas na província de Guangdong, e a taxa de mortalidade ficou consideravelmente acima da até agora verificada com o surto de Wuhan, embora o número de vítimas tenha tendência a crescer, preveem os especialistas.