Notícia
China cede 104 mil milhões de dólares em três anos aos países da Rota da Seda
Entre 2008 e 2021, o valor alcançou os 240 mil milhões de dólares, com 128 operações de resgate nos últimos 13 anos.
A China gastou 104 mil milhões de dólares entre 2019 e 2021 em resgates de países que participam na iniciativa da nova Rota da Seda, que tem financiado projetos de construção de infraestruturas em todo o mundo.
Ao longo dos últimos anos, terão sido 22 os países que não conseguiram pagar os empréstimos concedidos. Entre 2008 e 2021, o valor chegou aos 240 mil milhões de dólares, com 128 operações de resgate nos últimos 13 anos.
Em causa está o gigante plano de infraestruturas "Uma Faixa, Uma Rota" na versão simplificada [Belt and Road, na versão inglesa] da China, que visa a construção de ligações rodoviárias, ferroviárias e portuárias. O projeto de investimento impulsionado pelo país asiático tem como objetivo reforçar a posição da China como centro comercial e financeiro da Ásia.
Os dados constam de um estudo levado a cabo por investigadores da AidData, do World Bank, da Harvard Kennedy School e do Kiel Institute for the World Economy, que visa perceber o valor total de empréstimos por parte da China numa escala global.
A crescente posição da China enquanto "credor de último recurso" tem suscitado críticas por parte de instituições ocidentais, como o IMF.
"A arquitetura financeira global está a tornar-se menos coerente, menos institucionalizadas e menos transparente. Pequim criou um novo sistema global para empréstimos de resgate transfronteiriços, mas fê-lo de forma opaca e descoordenada", afirma Brad Parks, diretor executivo da AidData.
Ao longo dos últimos anos, terão sido 22 os países que não conseguiram pagar os empréstimos concedidos. Entre 2008 e 2021, o valor chegou aos 240 mil milhões de dólares, com 128 operações de resgate nos últimos 13 anos.
Os dados constam de um estudo levado a cabo por investigadores da AidData, do World Bank, da Harvard Kennedy School e do Kiel Institute for the World Economy, que visa perceber o valor total de empréstimos por parte da China numa escala global.
A crescente posição da China enquanto "credor de último recurso" tem suscitado críticas por parte de instituições ocidentais, como o IMF.
"A arquitetura financeira global está a tornar-se menos coerente, menos institucionalizadas e menos transparente. Pequim criou um novo sistema global para empréstimos de resgate transfronteiriços, mas fê-lo de forma opaca e descoordenada", afirma Brad Parks, diretor executivo da AidData.