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China anuncia sanções a Nancy Pelosi após visita a Taiwan

A visita da líder do Congresso dos Estados Unidos a Taiwan irritou Pequim. China anunciou no decorrer da manhã desta sexta-feira que vai parar a cooperação com os norte-americanos sobre uma série de temáticas, entre as quais as alterações climáticas.

EPA
05 de Agosto de 2022 às 10:52
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A China vai sancionar Nancy Pelosi na sequência da visita a Taiwan, avança a Reuters. As sanções, que serão também aplicadas aos familiares diretos da líder do Congresso dos Estados Unidos, surgem como resposta ao comportamento "cruel" e "provocador" de Pelosi, justificou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, numa nota a que a agência de notícias teve acessso. 

"Apesar de uma enorme preocupação e forte oposição, Pelosi insistiu em visitar Taiwan, interferindo seriamente nos negócios internos da China, minando a soberania do país e a sua integridade territorial", refere o comunicado do ministério responsável pela diplomacia chinesa, apontando que tal comportamento "ameaça a paz e estabilidade" do território. 

Na última paragem da sua visita à Ásia antes de regressar aos Estados Unidos, o Japão, Nancy Pelosi comentou a polémica que se instalou, apontanto que o governo chinês não está feliz pela "forte amizade" que une os Estados Unidos e Taiwan, mas garantiu que a intenção da visita da sua delegação ao terirtório nunca foi "mudar o status quo da região". 

"Dissemos desde o início que a nossa representação aqui não era para mudar o status quo em Taiwan ou na Ásia", vincou em declarações à imprensa, após uma reunião com o primeiro-ministro japonês-

A visita de Pelosi a Taiwan, a primeira por parte de uma alta patente norte-americana em 25 anos, irritou Pequim, que considera o território como parte da República Popular da China. Na sua passagem por Taiwan, que durou menos de 24 horas, a responsável pelo Congresso norte-americano deixou claro o apoio do seu país àquele território, garantindo que os "Estados Unidos não vão abandonar Taiwan".

A atitude da democrata fez escalar as tensões entre as duas maiores economias mundiais, tendo no dia seguinte a China disparado mísseis perto de Taiwan.

Entretanto, a China anunciou no decorrer da manhã desta sexta-feira que vai parar a cooperação que decorre neste momento com os Estados Unidos em várias áreas, entre as quais se encontra a agenda das alterações climáticas, da luta contra o crime e da segurança marítima. 

(Notícia atualizada às 11h16 com o anúncio da China)
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