Notícia
Chefe da diplomacia europeia pede estratégia mais robusta para lidar com a China
O chefe da diplomacia europeia pediu hoje aos países da União Europeia (UE) uma "estratégia mais robusta" em relação à China, face aos sinais de que a Ásia está a substituir os EUA como centro do poder global.
25 de Maio de 2020 às 11:09
Numa reunião com embaixadores alemães, Josep Borrell lembrou que os "analistas há muito que falam sobre o fim de um sistema liderado pelos norte-americanos e a chegada de um século asiático".
"Isso está agora a acontecer perante os nossos olhos", alertou.
Borrell lembrou que a pandemia pode ser vista como o ponto de deslocação do poder do Ocidente para o Oriente, e que a pressão sobre a UE para escolher de que lado fica "está a crescer".
O chefe da diplomacia disse que o bloco de 27 nações "deve seguir os seus próprios interesses e valores e evitar ser instrumentalizado por um ou outro lado".
Embora a ascensão da China tenha sido "impressionante", Borrell lembrou que as relações atuais entre Bruxelas e Pequim nem sempre são baseadas em confiança, transparência e reciprocidade.
O diplomata considerou que a UE só terá uma hipótese de lidar com a China "caso haja disciplina coletiva", observando que a próxima cimeira UE-China, que se deve realizar este outono, pode ser uma oportunidade para fazê-lo.
"Precisamos de uma estratégia mais robusta para a China, que também exige melhores relações com o resto da Ásia democrática", acrescentou.
Falando na mesma conferência, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Heiko Maas, repetiu o apelo de Borrell por maior transparência por parte da China, uma questão que foi levantada a propósito da política de informação de Pequim durante os estágios iniciais do surto do vírus.
A Alemanha assume a presidência rotativa de seis meses da UE em julho.
"Isso está agora a acontecer perante os nossos olhos", alertou.
O chefe da diplomacia disse que o bloco de 27 nações "deve seguir os seus próprios interesses e valores e evitar ser instrumentalizado por um ou outro lado".
Embora a ascensão da China tenha sido "impressionante", Borrell lembrou que as relações atuais entre Bruxelas e Pequim nem sempre são baseadas em confiança, transparência e reciprocidade.
O diplomata considerou que a UE só terá uma hipótese de lidar com a China "caso haja disciplina coletiva", observando que a próxima cimeira UE-China, que se deve realizar este outono, pode ser uma oportunidade para fazê-lo.
"Precisamos de uma estratégia mais robusta para a China, que também exige melhores relações com o resto da Ásia democrática", acrescentou.
Falando na mesma conferência, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Heiko Maas, repetiu o apelo de Borrell por maior transparência por parte da China, uma questão que foi levantada a propósito da política de informação de Pequim durante os estágios iniciais do surto do vírus.
A Alemanha assume a presidência rotativa de seis meses da UE em julho.