Notícia
Cavaco Silva: Banco Central Europeu é "solução clara nesta fase"
Uma postura mais interventiva do Banco Central Europeu no apoio aos países em dificuldades financeiras é "a solução clara nesta fase" da crise do euro, afirmou o Presidente da República ao Washington Post.
12 de Novembro de 2011 às 16:02
Em declarações ao diário norte-americano, Cavaco Silva voltou a fazer reparos às instituições europeias pela lentidão e eficácia na resposta à crise do euro e a assegurar que Portugal irá cumprir as metas do acordo de financiamento com o Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu. "Nesta fase, há uma solução clara - o Banco Central Europeu", afirma o Presidente da República, que falou ao Washington Post na sexta feira.
O banco, refere, deveria começar a comprar de forma mais agressiva obrigações de países pressionados pelos mercados, como tem sido nos últimos dias a Itália.
A questão tem sido objecto de intenso debate no seio da União Europeia, entre os que defendem uma postura mais agressiva, semelhante à da Reserva Federal dos Estados Unidos, e os que querem que o banco central cumpra estritamente a obrigação de não financiar governos nacionais e de controlar a inflação.
Cavaco Silva refere que a intervenção do BCE poderia contribuir para estabilizar os custos de financiamento de países sob pressão como a Espanha ou Itália e trazer maior normalidade aos mercados obrigacionistas da zona euro.
"Deve sempre haver um financiador de última instância", refere o presidente da República.
Também ao diário norte-americano, Cavaco expressou desagrado com a resposta dos líderes europeus à crise, tal como já tinha feito em entrevista à CNN no início da visita aos Estados Unidos, quando criticou as "demasiadas hesitações e alguma cacofonia".
"Esta é uma crise sistémica de que os líderes europeus demoraram demasiado tempo a estar cientes", afirma.
O presidente reforça também a mensagem de que Portugal está determinado em cumprir as suas metas financeiras e exclui um acordo de reestruturação da dívida como o da Grécia.
No artigo, o diário norte-americano escreve que, apesar de estar em melhor posição que a Grécia, "Portugal não tem tido o mesmo sucesso que a Irlanda na retoma da sua economia" e lembra que as últimas previsões europeias apontam para uma recessão mais forte para a economia portuguesa no próximo ano (a Comissão Europeia, na quinta-feira, estimou uma recessão de 3 por cento em 2012).
O presidente afirma que o país terá de depender do crescimento das exportações, um "desafio numa altura em que os principais mercados no resto da Europa podem também estar a encaminhar-se para a recessão", escreve o Washington Post.
Cavaco sublinha a estabilidade política em Portugal, um activo numa altura em que o "risco político" está a ser fonte de penalização nos mercados financeiros.
"Temos sorte nesse aspecto. O governo está muito determinado em cumprir com todas as medidas" do programa de financiamento do FMI, sublinha.
O Presidente reservou hoje a manhã para mais uma entrevista com um órgão de comunicação social norte-americano, desta vez a Time Magazine, depois de já ter sido entrevistado pela CNN, a Bloomberg e o Washington Post.
O quarto dia da visita aos Estados Unidos inicia-se com um almoço com políticos luso-americanos.
À tarde, na residência oficial da embaixada de Portugal em Washington, cidade onde o chefe de Estado chegou na sexta-feira, Cavaco silva irá condecorar cinco figuras da comunidade portuguesa, participando depois na gala anual da associação PALCUS.
O banco, refere, deveria começar a comprar de forma mais agressiva obrigações de países pressionados pelos mercados, como tem sido nos últimos dias a Itália.
Cavaco Silva refere que a intervenção do BCE poderia contribuir para estabilizar os custos de financiamento de países sob pressão como a Espanha ou Itália e trazer maior normalidade aos mercados obrigacionistas da zona euro.
"Deve sempre haver um financiador de última instância", refere o presidente da República.
Também ao diário norte-americano, Cavaco expressou desagrado com a resposta dos líderes europeus à crise, tal como já tinha feito em entrevista à CNN no início da visita aos Estados Unidos, quando criticou as "demasiadas hesitações e alguma cacofonia".
"Esta é uma crise sistémica de que os líderes europeus demoraram demasiado tempo a estar cientes", afirma.
O presidente reforça também a mensagem de que Portugal está determinado em cumprir as suas metas financeiras e exclui um acordo de reestruturação da dívida como o da Grécia.
No artigo, o diário norte-americano escreve que, apesar de estar em melhor posição que a Grécia, "Portugal não tem tido o mesmo sucesso que a Irlanda na retoma da sua economia" e lembra que as últimas previsões europeias apontam para uma recessão mais forte para a economia portuguesa no próximo ano (a Comissão Europeia, na quinta-feira, estimou uma recessão de 3 por cento em 2012).
O presidente afirma que o país terá de depender do crescimento das exportações, um "desafio numa altura em que os principais mercados no resto da Europa podem também estar a encaminhar-se para a recessão", escreve o Washington Post.
Cavaco sublinha a estabilidade política em Portugal, um activo numa altura em que o "risco político" está a ser fonte de penalização nos mercados financeiros.
"Temos sorte nesse aspecto. O governo está muito determinado em cumprir com todas as medidas" do programa de financiamento do FMI, sublinha.
O Presidente reservou hoje a manhã para mais uma entrevista com um órgão de comunicação social norte-americano, desta vez a Time Magazine, depois de já ter sido entrevistado pela CNN, a Bloomberg e o Washington Post.
O quarto dia da visita aos Estados Unidos inicia-se com um almoço com políticos luso-americanos.
À tarde, na residência oficial da embaixada de Portugal em Washington, cidade onde o chefe de Estado chegou na sexta-feira, Cavaco silva irá condecorar cinco figuras da comunidade portuguesa, participando depois na gala anual da associação PALCUS.