Notícia
Catarina Martins diz que no BE "gerações não se atropelam", mas reforçam-se
No seu último discurso como coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins apontou à maioria absoluta de António Costa e afirmou que PS se tornou "o padrasto de todo o populismo".
27 de Maio de 2023 às 12:00
A coordenadora bloquista, Catarina Martins, disse este sábado, no seu discurso de despedida, que no BE as "gerações não se atropelam", mas "reforçam-se", recordando o legado dos fundadores do partido e de João Semedo.
"Sei bem que a camaradagem, a convicção, o debate franco, a luta ombro a ombro não se comemoram. Partilham-se, mas permitam-me que hoje vos diga o quão grata estou pelo privilégio de ter seguido convosco no caminho destes últimos 11 anos e pelo que mais virá", disse Catarina Martins, no último discurso enquanto coordenadora do BE, na XIII Convenção Nacional, em Lisboa.
Recordando a "enorme generosidade" de Francisco Louçã, que a antecedeu na liderança do partido, a coordenadora do BE enalteceu ainda Luís Fazenda e Fernando Rosas.
"De formas diversas, reinventaram a sua intervenção no Bloco e ensinaram-nos que as gerações não se atropelam nem se substituem, as gerações no BE reforçam-se, acrescentam-se", enfatizou, recordando ainda os ensinamentos que deixou o outro fundador do BE Miguel Portas.
Um dos maiores orgulhos de Catarina Martins é, nas suas palavras, a promulgação da lei que despenaliza a morte medicamente assistida.
"Não é o único legado que nos deixa, longe disso, mas esta particular combinação de exigência e tolerância é a Lei João Semedo, e Portugal deve agradecer-lhe a generosidade com que se dedicou a esta causa como ao SNS até ao último dos seus dias", disse.
PS achou "que tinha chegado o seu momento cavaquista"
No seu discurso, a coordenadora do BE apelidou o PS de "padrasto de todo o populismo", considerando que os problemas estruturais do país foram agravados porque os socialistas acharam que, com a maioria absoluta, tinha chegado o seu "momento cavaquista".
Catarina Martins apontou à maioria absoluta, acusando o PS de usar "o aparelho do Estado", perder-se "em guerras internas" enquanto Portugal "assiste incrédulo a um governo paralisado e enredado nos seus próprios erros".
"Todos estes problemas estruturais foram agravados porque o PS, com maioria absoluta, achou que chegara o seu momento cavaquista", acusou, considerando que os socialistas quiseram uma "política no avesso da esquerda".
Para a ainda coordenadora do BE, o PS de António Costa pode "vitimizar-se", mas deixou claro que "não foram a covid e a guerra que criaram as dificuldades atuais" nem "nenhuma oposição que criou qualquer dos problemas que os ministros inventam".
"E assim se entretém uma degradação da vida pública em que o PS se tornou o padrasto de todo o populismo", acusou.
"Sei bem que a camaradagem, a convicção, o debate franco, a luta ombro a ombro não se comemoram. Partilham-se, mas permitam-me que hoje vos diga o quão grata estou pelo privilégio de ter seguido convosco no caminho destes últimos 11 anos e pelo que mais virá", disse Catarina Martins, no último discurso enquanto coordenadora do BE, na XIII Convenção Nacional, em Lisboa.
"De formas diversas, reinventaram a sua intervenção no Bloco e ensinaram-nos que as gerações não se atropelam nem se substituem, as gerações no BE reforçam-se, acrescentam-se", enfatizou, recordando ainda os ensinamentos que deixou o outro fundador do BE Miguel Portas.
Um dos maiores orgulhos de Catarina Martins é, nas suas palavras, a promulgação da lei que despenaliza a morte medicamente assistida.
"Não é o único legado que nos deixa, longe disso, mas esta particular combinação de exigência e tolerância é a Lei João Semedo, e Portugal deve agradecer-lhe a generosidade com que se dedicou a esta causa como ao SNS até ao último dos seus dias", disse.
PS achou "que tinha chegado o seu momento cavaquista"
No seu discurso, a coordenadora do BE apelidou o PS de "padrasto de todo o populismo", considerando que os problemas estruturais do país foram agravados porque os socialistas acharam que, com a maioria absoluta, tinha chegado o seu "momento cavaquista".
Catarina Martins apontou à maioria absoluta, acusando o PS de usar "o aparelho do Estado", perder-se "em guerras internas" enquanto Portugal "assiste incrédulo a um governo paralisado e enredado nos seus próprios erros".
"Todos estes problemas estruturais foram agravados porque o PS, com maioria absoluta, achou que chegara o seu momento cavaquista", acusou, considerando que os socialistas quiseram uma "política no avesso da esquerda".
Para a ainda coordenadora do BE, o PS de António Costa pode "vitimizar-se", mas deixou claro que "não foram a covid e a guerra que criaram as dificuldades atuais" nem "nenhuma oposição que criou qualquer dos problemas que os ministros inventam".
"E assim se entretém uma degradação da vida pública em que o PS se tornou o padrasto de todo o populismo", acusou.