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Casamentos disparam mais de 88% em maio face ao mês de abril. Natalidade e óbitos em decréscimo

O número de casamentos celebrados em Portugal em maio disparou 88,4% face às cerimónias realizadas em abril.

Pedro Catarino
16 de Julho de 2021 às 14:25
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No mês de maio, foram celebrados em Portugal 2.602 casamentos, uma subida de 88,4% face ao mês anterior, quando em abril foram celebrados 1.381 casamentos. A informação consta nos dados das estatísticas vitais, divulgados esta sexta-feira pelo INE.

"Nos três primeiros meses de 2021 celebraram-se, em Portugal, 1.431 casamentos (- 2 524 relativamente ao mesmo período de 2020). Contudo, a partir de abril de 2021, com as medidas de desconfinamento em vigor, verificou-se um aumento no número de casamentos celebrados no país", refere o INE, apontando para a continuidade da tendência de crescimento deste tipo de cerimónias. Tradicionalmente, o mês de maio inicia a época mais forte dos casamentos, com o INE a revelar uma franca subida dos números ao longo dos meses entre maio e setembro.

Ainda assim, na variação homóloga, a maior subida verificou-se no mês de abril, tendo em conta que, em abril de 2020, Portugal estava em situação de confinamento. Em abril de 2020, foram celebrados apenas 117 casamentos.

Mortalidade e natalidade mantêm decréscimo

As estatísticas conhecidas hoje contém também dados sobre a mortalidade e natalidade. No mês de junho, o número de óbitos foi de 8.116, menos 493 óbitos em relação ao mês de maio, "mantendo-se, assim, a tendência redução do número de óbitos por comparação com o período homólogo de 2020, menos 5,2% (-448 óbitos)". O INE especifica que o número de óbitos por covid-19 foi de 76, representando 0,9% do total de óbitos.

Na evolução do semestre, o INE aponta que janeiro trouxe o número de óbitos mensal mais elevado desde o início da pandemia de covid-19 (19.642 óbitos), o que corresponde a um aumento da mortalidade de 65,6% (mais 7.780 óbitos) relativamente ao mesmo mês de 2020. Do total de óbitos e janeiro, 5.785 estiveram ligados à covid-19, representando 29,5% da mortalidade em janeiro.

Na análise da mortalidade por semanas, verificou-se que, a partir da última semana de 2020 (correspondente aos dias 28 de dezembro a 3 de janeiro de 2021), o número de óbitos "aumentou de forma acentuada até à terceira semana de 2021 (18 a 24 de janeiro), atingindo então o maior número de óbitos observado desde o início da pandemia (5.041)". O INE contextualiza que, em janeiro, foi na última semana do mês (25 a 31 de janeiro) "que se atingiu o maior número de óbitos por covid-19 (2.036), iniciando-se a partir de então uma tendência decrescente".

Já na natalidade, os valores continuam abaixo dos números registados em 2020. "Em abril e maio de 2021, registaram-se, respetivamente, 6.212 e 6.629 nados-vivos, correspondendo a reduções de 10,7% (-742) e 8,4% (-611), relativamente aos mesmos meses de 2020, mantendo-se, assim, a tendência de decréscimo da natalidade verificada desde julho de 2020", indica o INE.

Apesar de ter sido registada alguma recuperação nos nascimentos a partir de fevereiro, o número foi sempre inferior ao verificado entre os meses de janeiro a maio de 2020, representando um total de menos 3 983 nados-vivos.

O INE indica que o saldo natural, a diferença entre o número de nascimentos e o número de óbitos, passou a ser menos negativo a partir de março de 2021, após o agravamento causado pela pandemia de covid-19. Em abril e maio, o saldo natural registou, respetivamente, valores de -2 217 e -1 972, o que compara com saldos de -3 487 e -2 361, verificados nos meses homólogos de 2020.
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