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Bruxelas avança que agravamento da situação espanhola complica situação de Portugal

A Comissão Europeia admitiu hoje que o agravamento da situação de Espanha obrigou a rever em baixa a previsão de crescimento de Portugal para este ano, uma vez que Espanha é o seu principal parceiro comercial. Bruxelas acrescentou também que tal situação complica o plano de resgate a Portugal.

03 de Abril de 2012 às 15:21
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A Comissão Europeia declara que Portugal não irá necessitar de um segundo pacote de ajuda, ao contrário da Grécia, pois está a aplicar as medidas prometidas à União Europeia rigorosamente.

Porém reconhece que o "veredicto final" é dos mercados, de acordo com o “Cinco Dias”.

"O agravamento das previsões (com uma contracção económica de 3,3% este ano em vez dos 3% previsto anteriormente) deve-se sobretudo ao ambiente externo e ao agravamento das perspectivas dos principais sócios comerciais, em particular Espanha”, disse o número dois da missão de Bruxelas a Portugal, Peter Weiss.

“Espanha é o principal parceiro comercial de Portugal, e se Espanha está pior do que tínhamos assumido até agora, isso terá um impacto na economia portuguesa”, continuou, citado pelo “Cinco Dias”.

No entanto, Weiss minimizou este impacto no resgate a Portugal, a menos que ocorra em Espanha “algo muito mais dramático, e não vemos motivos para isso”, disse. O responsável sublinhou ainda que a Comissão já inclui a situação de Espanha nas últimas previsões económicas, nas quais sustenta o programa português.

Weiss negou que Portugal necessite de um segundo plano de ajuda e disse que o programa actual de 78 mil milhões será suficiente. “Se o programa for aplicado, e até agora tem sido aplicado rigorosamente, não há motivos para pensar que este programa não é suficiente”, disse Peter Weiss.

Contudo, Weiss admitiu que “o veredicto final não o damos aqui, quem o dá são os mercados”. O plano de ajuda, embora dure até 2014, prevê que Portugal se financie, já no próximo ano, em 11.300 milhões de euros nos mercados. Weiss recordou que, se tal não for possível, os líderes europeus continuarão a financiar Portugal até que possa voltar ao mercado.

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