Notícia
Boris Johnson confiante de que economia britânica vai recuperar
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou esta sexta-feira acreditar que a economia "vai recuperar", num comentário à contração recorde de 20,4% do Produto Interno Bruto (PIB) registada em abril.
12 de Junho de 2020 às 16:07
Johnson admitiu que não estar surpreendido com a queda acentuada do PIB tendo em conta a suspensão da atividade económica durante o confinamento decretado em 23 de março para travar a pandemia de covid-19 tendo em conta a dependência do setor do serviços.
"O que eu quero fazer agora é trabalhar para recuperar progressivamente a economia. Acho que pouco a pouco a confiança vai voltar e vamos observar uma recuperação", afirmou.
A queda de 20,4% em abril segue-se a uma redução de 5,8% em março, de acordo com dados do instituto nacional de estatísticas britânico ONS, o que significa que a economia contraiu mais de 25% em dois meses.
"O declínio do PIB em abril é o maior alguma vez visto no Reino Unido, três vezes maior do que no mês anterior e quase dez vezes mais do que a queda mais acentuada antes da covid-19", referiu o analista do ONS, Jonathan Athow.
O choque é maior do que os registados durante a Grande Depressão dos anos 1930 ou a crise financeira de 2008, segundo Andrew Wishart, economista da Capital Economics, que acredita ainda assim que o pior já terá passado porque o confinamento começou a ser aliviado em maio.
O economista Jonathan Portes recordou, num evento virtual organizado pelo instituto UK in a Changing Europe, que as estimativas do Banco de Inglaterra e do Gabinete de Responsabilidade Orçamental (OBR) eram piores.
"Ainda mais importante, a economia britânica vai crescer ao ritmo mais rápido na história. Maio será mais alto do que abril, junho será ainda maior. Vamos atravessar o que os estatísticos chamam de 'boom' sem precedentes", disse o académico da universidade King's College.
Um risco no horizonte é um potencial impacto de uma ausência de acordo de comércio pós-'Brexit' com a União Europeia (UE), alertou a economista norte-americana, Meredith Crowley, no mesmo evento.
"Em 2021, as empresas britânicas vão ter de encontrar fornecedores, clientes e se tiverem novas taxas e burocracia aduaneiras vão estar em grande desvantagem. A pior altura para impor restrições ao comércio é durante uma recessão", avisou.
Lojas de bens essenciais como supermercados e fábricas de processamento alimentar continuaram a funcionar durante o confinamento decretado em 23 de março, e atividades como a indústria e construção civil foram encorajadas a retomar o trabalho em meados de maio.
O Reino Unido vai entrar na segunda fase de fim do confinamento na segunda-feira, quando vai ser autorizada a reabertura de lojas não essenciais, como lojas de roupa ou cosméticos, mas restaurantes, bares e cabeleireiros só deverão reabrir depois do início de julho.
O país registou até hoje 41.481 mortes, o segundo maior número de óbitos no mundo durante a pandemia covid-19, atrás apenas dos EUA.
"O que eu quero fazer agora é trabalhar para recuperar progressivamente a economia. Acho que pouco a pouco a confiança vai voltar e vamos observar uma recuperação", afirmou.
"O declínio do PIB em abril é o maior alguma vez visto no Reino Unido, três vezes maior do que no mês anterior e quase dez vezes mais do que a queda mais acentuada antes da covid-19", referiu o analista do ONS, Jonathan Athow.
O choque é maior do que os registados durante a Grande Depressão dos anos 1930 ou a crise financeira de 2008, segundo Andrew Wishart, economista da Capital Economics, que acredita ainda assim que o pior já terá passado porque o confinamento começou a ser aliviado em maio.
O economista Jonathan Portes recordou, num evento virtual organizado pelo instituto UK in a Changing Europe, que as estimativas do Banco de Inglaterra e do Gabinete de Responsabilidade Orçamental (OBR) eram piores.
"Ainda mais importante, a economia britânica vai crescer ao ritmo mais rápido na história. Maio será mais alto do que abril, junho será ainda maior. Vamos atravessar o que os estatísticos chamam de 'boom' sem precedentes", disse o académico da universidade King's College.
Um risco no horizonte é um potencial impacto de uma ausência de acordo de comércio pós-'Brexit' com a União Europeia (UE), alertou a economista norte-americana, Meredith Crowley, no mesmo evento.
"Em 2021, as empresas britânicas vão ter de encontrar fornecedores, clientes e se tiverem novas taxas e burocracia aduaneiras vão estar em grande desvantagem. A pior altura para impor restrições ao comércio é durante uma recessão", avisou.
Lojas de bens essenciais como supermercados e fábricas de processamento alimentar continuaram a funcionar durante o confinamento decretado em 23 de março, e atividades como a indústria e construção civil foram encorajadas a retomar o trabalho em meados de maio.
O Reino Unido vai entrar na segunda fase de fim do confinamento na segunda-feira, quando vai ser autorizada a reabertura de lojas não essenciais, como lojas de roupa ou cosméticos, mas restaurantes, bares e cabeleireiros só deverão reabrir depois do início de julho.
O país registou até hoje 41.481 mortes, o segundo maior número de óbitos no mundo durante a pandemia covid-19, atrás apenas dos EUA.