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Bónus dos executivos de Wall Street podem cair em 70%

Os executivos de Wall Street podem ver os seus bónus reduzidos em 70%. Em 2009, a redução pode ser ainda maior, conclui um estudo da Johnson Associates, devido à queda das receitas e à pressão política.

06 de Novembro de 2008 às 16:02
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Os executivos de Wall Street podem ver os seus bónus reduzidos em 70%. Em 2009, a redução pode ser ainda maior, conclui um estudo da Johnson Associates, devido à queda das receitas e à pressão política.

Os executivos, cujos rendimentos são do conhecimento público, deverão ver os seus bónus reduzidos em cerca de 70%. No caso dos restantes trabalhadores a redução deverá variar entre 10 e 45%. Em 2009 a queda deverá ser ainda maior devido à diminuição dos resultados, explica Alan Johnson, director da Johnson Associates, citado pela agência Bloomberg.

O pacote governamental de 700 mil milhões de dólares, usado para salvar muitas instituições financeiras do colapso, levou muitos políticos norte-americanos a exigirem justificações para as recompensas anuais dadas por empresas como a Goldman Sachs e a Morgan Stanley.

Esta pressão deverá levar muitas empresas a reduzirem as compensações de executivos de topo, cujo valor é publicamente conhecido, avança Alan Johnson. “A pressão política é intensa”, refere Johnson.

Bónus vão cair em 2008 e 2009

O Goldman Sachs, por exemplo, divulgou este ano que, em 2007, pagou um bónus de 67,9 milhões de dólares ao presidente executivo e de 66,9 milhões de dólares aos dois vice-presidentes, ou seja, 201,7 milhões de dólares no total. No mês passado, o banco recebeu 10 mil milhões de dólares do pacote governamental.

“Este ano, os executivo não deverão receber quase dinheiro nenhum e a maioria do incentivos deverão ser pagos em acções e opções”, prevê o director da Johnson Associates.

No caso do trabalhadores, cuja compensação não é pública, os bónus devem cair entre 35 e 45%. Os corretores deverão ver os seus bónus cair entre 15 e 20%.

“No entanto, graças ao pacote governamental e às fusões que têm acontecido recentemente, a queda dos bónus não deverá ser tão drástica como estimamos inicialmente”, refere Johnson. As quedas não serão maiores do que as registadas em crise anteriores, como em 2001. “O que torna esta situação mais dura é que os bónus vão cair este ano e no próximo”, esclarece o mesmo responsável.

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