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Blanchard: "Os políticos europeus estão um passo atrás dos acontecimentos"
"Os políticos europeus estão um passo atrás dos acontecimentos", avaliou há minutos Olivier Blanchard a reacção europeia à crise.
* - Jornalista em Washington
"Somos explícitos a dizer que Europa tem que se recompor: encontrou-se em Julho, tomou um conjunto de medidas, e têm que as tornar operacionais muito depressa", acrescentou.
Relativamente à necessidade de aumentar os rácios de capital na banca, Blanchard defende a sua urgência: "No actual contexto, em que há baixo crescimento, e em que a incerteza sobre os soberanos não vai desaparecer, é muito importante que os bancos tenham rácios de capital elevados", disse, expressando depois a sua preocupação com o facto de, face a esta necessidade, os bancos poderem optar por reduzir os seus activos em vez de aumentarem capital. Na primeira opção será o crédito que será cortado, teme.
De Washington para Frankfurt vai também um aviso e uma palavra de apoio. O FMI concorda completamente com a compra de obrigações que o BCE tem executado, mas diz que pode chegar o momento em que a taxa de juro central pode ter de baixar. "Se os riscos em persistirem então o BCE poderá ter de baixar a taxa de juro central", disse, Jorg Decressin, conselheiro especial da instituição, acrescentando: "Nesta fase é ainda um pouco cedo, mas há muitos indícios que esse momento pode estar a aproximar-se"
"Somos explícitos a dizer que Europa tem que se recompor: encontrou-se em Julho, tomou um conjunto de medidas, e têm que as tornar operacionais muito depressa", acrescentou.
Relativamente à necessidade de aumentar os rácios de capital na banca, Blanchard defende a sua urgência: "No actual contexto, em que há baixo crescimento, e em que a incerteza sobre os soberanos não vai desaparecer, é muito importante que os bancos tenham rácios de capital elevados", disse, expressando depois a sua preocupação com o facto de, face a esta necessidade, os bancos poderem optar por reduzir os seus activos em vez de aumentarem capital. Na primeira opção será o crédito que será cortado, teme.
De Washington para Frankfurt vai também um aviso e uma palavra de apoio. O FMI concorda completamente com a compra de obrigações que o BCE tem executado, mas diz que pode chegar o momento em que a taxa de juro central pode ter de baixar. "Se os riscos em persistirem então o BCE poderá ter de baixar a taxa de juro central", disse, Jorg Decressin, conselheiro especial da instituição, acrescentando: "Nesta fase é ainda um pouco cedo, mas há muitos indícios que esse momento pode estar a aproximar-se"