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Bilionários dos EUA ficaram 1 bilião mais ricos na era Trump
Os números não mentem: os Estados Unidos vivem na era dos bilionários.
Há quatro anos, os EUA elegeram o primeiro presidente bilionário. Desde então, as cerca de 200 pessoas mais ricas do país - um grupo que representa 0,00006% da população - aumentaram a sua fortuna combinada em 1 bilião de dólares.
As forças que concentraram tanta riqueza em tão poucas mãos já estavam em curso muito antes da vitória inesperada de Donald Trump em 2016. Eesses fatores, especialmente a mudança tecnológica, continuarão a moldar a economia e a política do país.
Mas a presidência de Trump acelerou tendências que tornaram os americanos mais ricos ainda mais ricos.
Grandes mudanças
"Trump não é responsável por muitos dos antigos fatores que têm provocado grandes mudanças na desigualdade. No entanto, as mudanças de políticas de Trump serviram para exacerbar, em vez de atenuar essas tendências", disse a professora de economia do Reed College, Kimberly Clausing, citando uma lei fiscal de 2017 que favoreceu empresas e os mais ricos.
A fortuna dos americanos que fazem parte do Índice de Bilionários Bloomberg aumentou de menos de 1,8 biliões de dólares na noite da eleição presidencial em 2016 para mais de 2,8 biliões na semana passada. Os membros do índice, uma classificação diária das 500 pessoas mais ricas do planeta, pode variar de um dia para o outro, mas o número de americanos manteve-se estável, de 168 na noite da eleição para 166 este mês.
A maior parte dos ganhos com Trump foi para os mais ricos dos ricos - um grupo que inclui algumas das pessoas de que o presidente menos gosta. Jeff Bezos, o fundador da Amazon que Trump tem chamado de "Jeff Bozo", ganhou cerca de 121 mil milhões de dólares durante a sua presidência, apesar do caro divórcio.
Ao mesmo tempo, ricos por trás de empresas de energia, imobiliário e indústria - setores favorecidos por Trump - perderam terreno coletivamente no índice desde o final de 2016, principalmente devido ao impacto da covid-19.
Os enormes ganhos dos bilionários são em grande parte devido ao mercado acionista, que valorizou continuamente durante o mandato de Trump.
Até à chegada da pandemia, os trabalhadores americanos também conseguiam pequenos, mas significativos ganhos sob a liderança de Trump. O coronavírus fez com que a desigualdade crescesse de forma drástica, e milhões de pessoas perdiam o emprego no exato momento em que o mercado acionista recuperava, enquanto alguns bilionários, especialmente donos de empresas de tecnologia, lucravam com as rápidas mudanças na forma como vivemos e trabalhamos.