Notícia
Biden considera possível "recessão muito ligeira" nos Estados Unidos
Horas antes, numa atualização das projeções económicas, o Fundo Monetário Internacional (FMI) tinha revisto em baixa a previsão dos Estados Unidos para 1,6% em 2022, contra 2,3% em julho.
12 de Outubro de 2022 às 09:33
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, admitiu a possibilidade de uma recessão económica nos Estados Unidos, mas disse que, a acontecer, será "muito ligeira".
"Não acho que haverá uma recessão. Se houver, será uma recessão muito ligeira", considerou, na terça-feira, numa entrevista à cadeia de televisão norte-americana CNN.
"É possível [uma recessão]. (...) Eu não prevejo isso", acrescentou.
Horas antes, numa atualização das projeções económicas, o Fundo Monetário Internacional (FMI) tinha revisto em baixa a previsão dos Estados Unidos para 1,6% em 2022, contra 2,3% em julho.
O próximo ano poderá ser ainda mais difícil, com a instituição a antecipar um crescimento de 1%, devido à redução do poder de compra dos consumidores, nomeadamente devido à inflação, acelerada pela subida do preço dos combustíveis.
Apesar do aumento, a aliança dos produtores de petróleo OPEP+, liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia, decidiu, em 5 de outubro, reduzir a produção em dois milhões de barris por dia, o que representa o maior corte desde a pandemia da covid-19.
Joe Biden, que já tinha criticado a decisão, avisou a Arábia Saudita, na entrevista de terça-feira, que "haverá consequências" pela decisão tomada "com a Rússia", sem adiantar que medidas poderão ser tomadas contra o tradicional aliado dos EUA.
Horas antes, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional explicou que Biden queria reavaliar a relação com a Arábia Saudita, na sequência daquela decisão, que poderá elevar o preço do barril a nível mundial e ajudar a Rússia a obter mais fundos para financiar a guerra na Ucrânia.
O Presidente norte-americano "está pronto para trabalhar com o Congresso para refletir como deverá ser essa relação bilateral", assegurou John Kirby.
Na segunda-feira, Bob Menendez, líder democrata do Comité de Negócios Estrangeiros do Senado, a câmara alta do Congresso norte-americano, ameaçou bloquear qualquer venda futura de armas para a Arábia Saudita.
O senador Richard Blumenthal e o deputado da Casa dos Representantes, a câmara baixa do parlamento, Ro Khanna, (ambos democratas) foram mais longe e apresentaram na terça-feira um projeto de lei para acabar com essas exportações.
De acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo, a Arábia Saudita representou 24% do total de exportações de armas dos EUA entre 2016 e 2020.
O relacionamento entre os dois países "é estratégico" e "ajudou a reforçar a segurança e a estabilidade no Médio Oriente", disse a embaixada do reino saudita em Washington.
A cooperação militar bilateral "serve os interesses de ambos os países", acrescentou a embaixada, num comunicado divulgado na terça-feira.
A Arábia Saudita lidera uma coligação militar que, desde 2015, combate no Iémen os rebeldes huthis, apoiados pelo rival regional, o Irão.
"Não acho que haverá uma recessão. Se houver, será uma recessão muito ligeira", considerou, na terça-feira, numa entrevista à cadeia de televisão norte-americana CNN.
Horas antes, numa atualização das projeções económicas, o Fundo Monetário Internacional (FMI) tinha revisto em baixa a previsão dos Estados Unidos para 1,6% em 2022, contra 2,3% em julho.
O próximo ano poderá ser ainda mais difícil, com a instituição a antecipar um crescimento de 1%, devido à redução do poder de compra dos consumidores, nomeadamente devido à inflação, acelerada pela subida do preço dos combustíveis.
Apesar do aumento, a aliança dos produtores de petróleo OPEP+, liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia, decidiu, em 5 de outubro, reduzir a produção em dois milhões de barris por dia, o que representa o maior corte desde a pandemia da covid-19.
Joe Biden, que já tinha criticado a decisão, avisou a Arábia Saudita, na entrevista de terça-feira, que "haverá consequências" pela decisão tomada "com a Rússia", sem adiantar que medidas poderão ser tomadas contra o tradicional aliado dos EUA.
Horas antes, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional explicou que Biden queria reavaliar a relação com a Arábia Saudita, na sequência daquela decisão, que poderá elevar o preço do barril a nível mundial e ajudar a Rússia a obter mais fundos para financiar a guerra na Ucrânia.
O Presidente norte-americano "está pronto para trabalhar com o Congresso para refletir como deverá ser essa relação bilateral", assegurou John Kirby.
Na segunda-feira, Bob Menendez, líder democrata do Comité de Negócios Estrangeiros do Senado, a câmara alta do Congresso norte-americano, ameaçou bloquear qualquer venda futura de armas para a Arábia Saudita.
O senador Richard Blumenthal e o deputado da Casa dos Representantes, a câmara baixa do parlamento, Ro Khanna, (ambos democratas) foram mais longe e apresentaram na terça-feira um projeto de lei para acabar com essas exportações.
De acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo, a Arábia Saudita representou 24% do total de exportações de armas dos EUA entre 2016 e 2020.
O relacionamento entre os dois países "é estratégico" e "ajudou a reforçar a segurança e a estabilidade no Médio Oriente", disse a embaixada do reino saudita em Washington.
A cooperação militar bilateral "serve os interesses de ambos os países", acrescentou a embaixada, num comunicado divulgado na terça-feira.
A Arábia Saudita lidera uma coligação militar que, desde 2015, combate no Iémen os rebeldes huthis, apoiados pelo rival regional, o Irão.