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Bear Stearns prevê queda das “Treasuries”

As Obrigações do Tesouro dos EUA poderão registar a maior queda desde Novembro de 2000, pressionados pelo aumento das “yields” a 10 anos, divulgou a Bloomberg citando a Bear Stearns, a sétima maior empresa em capital de títulos norte-americanos.

20 de Janeiro de 2004 às 13:08
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As Obrigações do Tesouro dos EUA poderão registar a maior queda desde Novembro de 2000, pressionados pelo aumento das “yields” a 10 anos, divulgou a Bloomberg citando a Bear Stearns, a sétima maior empresa em capital de títulos norte-americanos.

“Um dólar mais fraco é uma ameaça para o mercado das Obrigações do Tesouro dos EUA, principalmente quando aumenta o prémio de risco cambial para investidores estrangeiros que detenham títulos dos EUA”, referiram responsáveis da gestora de fundos, fazendo uma leitura do ano de 2004.

A “yield”, ou taxa de rendibilidade, das “Treasuries” a 10 anos poderá subir para os 5,75% até ao fim do ano, contra os 4,05% actuais. Este aumento será consequência da depreciação do dólar para níveis próximos 1,4 dólares por euro, dos actuais 1,24 dólares por euro, e 95 ienes, comparados com 107,35 ienes.

Cerca de um terço dos 3,6 biliões de dólares (2,9 biliões de euros) de obrigações governamentais transaccionáveis são detidos por investidores estrangeiros não residentes nos EUA.

A Bear Stearns é a quinta firma com previsões mais pessimistas em relação à evolução do dólar, dos 54 corretores contactados pela Bloomberg no final de Dezembro.

“Prevemos certamente outra queda forte no dólar, que irá depreciar cerca de 15% contra um cabaz de seis outras divisas”, afirmaram David Brown, Steve Barrow e Cristina Raciti, elementos da equipa de “research” da Bear Stearns, em Londres.

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