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BCP diz serviços que têm valor «devem ser pagos»

O administrador do BCP Alexandre Bastos Gomes avançou ao Negocios.pt que «não está nada decidido sobre a cobrança» de uma taxa sobre operações realizadas no Multibanco, defendendo, no entanto, que «todos os serviços que têm valor devem ser pagos».

17 de Outubro de 2001 às 20:29
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O administrador do BCP Alexandre Bastos Gomes avançou ao Negocios.pt, à margem da apresentação do novo serviço «Código52», que «não está nada decidido sobre a cobrança» de uma taxa sobre operações realizadas no Multibanco, defendendo, no entanto, que «todos os serviços que têm valor devem ser pagos».

No entanto, o mesmo responsável sublinhou que «nesta altura não é oportuno discutir esta situação, já que temos uma envolvente muito conturbada» tanto em termos económicos como políticos, com a incerteza internacional decorrente do ataque terroristas aos Estados Unidos (EUA) de 11 de Setembro.

Numa entrevista concedida ao «Público», o presidente do Banco Espírito Santo (BES) [BESNN], Ricardo Salgado, defendeu que os bancos nacionais deverão passar a cobrar uma taxa sobre as operações realizadas pelos seus clientes nas caixas automáticas, para compensar as quedas verificadas nas margens ao longo dos últimos anos e uma vez que «há encargos com os serviços que prestamos».

Apesar de sublinhar que o BCP [BCP] ainda não decidiu sobre o assunto, Alexandre Bastos Gomes considerou que «o desenvolvimento do serviço poderá levar a que os clientes paguem as transacções se acharem que é adequado; se isso lhes gerar valor».

Como um exemplo, o mesmo responsável avançou com «os montantes cobrados pela manutenção de contas», uma medida que só se tornou realidade há algum tempo e que se tornou necessária pelo facto de, em muitos casos, a manutenção das contas dos clientes não ser rentável para os bancos.

«Não há nenhuma empresa que aguente ter clientes que dão prejuízo», afirmou a mesma fonte, considerando que «o que os bancos têm de fazer é conseguir que os clientes que dão prejuízo deixem de o fazer, nem que seja só em termos transaccionais», uma vez que actualmente têm de suportar custos associados às operações nas caixas automáticas, que depois não têm retorno.

O administrador do BCP acrescentou ainda que «é preciso ver que mesmo aqui ao lado, em Espanha, este é um serviço que sempre foi pago».

O ministro das Finanças, Oliveira Martins, manifestou-se ontem, no Luxemburgo, contrário à possibilidade de implementação de uma taxa para as operações realizadas no Multibanco, sublinhando que a mesma «não respeita os princípios que estão definidos», apesar de considerar que uma decisão sobre a matéria compete ao Banco de Portugal.

O BCP encerrou a ganhar 0,94% para os 4,28 euros (858 escudos).

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