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BCE reduz juros da Zona Euro em 25 pontos base para 4,25%

O Banco Central Europeu (BCE) desceu hoje a sua taxa directora em 25 pontos base para os 4,25%, na tentativa de estimular o crescimento económico da Zona Euro, apesar dos receios de subida da inflação ao longo dos próximos meses.

30 de Agosto de 2001 às 12:45
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O Banco Central Europeu (BCE) desceu hoje a sua taxa directora em 25 pontos base para os 4,25%, na tentativa de estimular o crescimento económico da Zona Euro, apesar dos receios de subida da inflação ao longo dos próximos meses.

Esta foi a segunda vez que o BCE baixou o preço do dinheiro na Zona Euro desde o início do corrente ano. O anterior corte foi decidido no dia 10 de Maio, sendo também de 25 pontos base.

Antes da reunião do BCE, a maioria dos analistas acreditava que a autoridade monetária europeia iria reduzir os juros, mas havia algum receio de que a instituição liderada por Wim Duisenberg poderia manter as taxas inalteradas, continuando a aguardar por sinais de descida da inflação.

A inflação da zona da moeda única, medida pelo índice de preços no consumidor (IPC) harmonizado, recuou em Julho para os 2,8%, depois de situar-se nos 3% no mês anterior, mas continuou acima da meta de 2% estabelecida pelo BCE.

No entanto, o crescimento do agregado da massa monetária da Zona Euro, ou M3, que serve de indicador avançado em relação à evolução da inflação, acelerou em Julho para os 6,4%, contra 6,1% em Junho, afastando-se do objectivo de 4,5% delineado pela autoridade monetária europeia e indiciando que as pressões inflacionistas poderão aumentar ao longo dos próximos meses.

Ao longo dos últimos meses, o BCE tem sido alvo de pressões por parte dos agentes económicos, no sentido de baixar os juros para impulsionar a recuperação da economia europeia, depois dos indicadores económicos se terem degradado nos últimos tempos.

Na Alemanha, a maior economia da Zona Euro, o produto interno bruto (PIB) permaneceu inalterado no segundo trimestre do corrente ano, o que já levou o Governo germânico a admitir rever em baixa as suas estimativas de crescimento para este ano, gerando receios de que o abrandamento económico também poderá ser maior que o inicialmente estimado no conjunto dos países que partilham o euro.

A agência italiana ANSA adiantou esta semana que o Fundo Monetário Internacional (FMI) prepara-se para rever em baixa as suas previsões de crescimento para a zona da moeda única em 2001, dos 2,4% para os 2%.

A descida dos juros costuma contribuir para aumentar o consumo e o investimento, através da redução dos encargos associados à contracção de empréstimos por parte de empresas e particulares.

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