O Banco Central Europeu (BCE) decidiu não alterar a sua posição anterior sobre as denominações das notas de euro e, consequentemente «não serão emitidas notas de um e de dois euros», revelou hoje a instituição em comunicado sublinhando que a decisão surgiu depois de uma «análise aprofundada» por parte do conselho do BCE.

Segundo a mesma fonte o conselho do BCE «avaliou todos os argumentos apresentados até à data a debate e, depois de ponderar a questão sob os mais diversos ângulos, chegou à conclusão de que os aspectos negativos da introdução de notas de denominação muito baixa superam os aspectos positivos».

Para sustentar esta decisão o BCE citou em particular, a «procura insuficiente» de notas de denominação muito baixa pela maioria dos cidadãos da área do euro, o «aumento da ineficácia» que a sua emissão implicaria para a maior parte dos terceiros envolvidos (por exemplo, os sectores retalhista e de máquinas de venda automática) e os «custos elevados» com a impressão de notas e seu tratamento.

Alguns países, nomeadamente a Itália, tinham pedido ao BCE para transformar as moedas de um e de dois euros em notas com o objectivo de combater a inflação. Na explicação para o facto de se combater a inflação substituindo a moeda por notas, estaria o factor psicológico, ou seja, esses países defendiam que as pessoas gastam mais facilmente uma moeda do que uma nota, mesmo com o mesmo valor nominal.