O membro do Conselho de Governadores do banco central disse que a discussão sobre a retirada das medidas de estímulos só irá ocorrer a partir de Dezembro, quando houver mais dados sobre a evolução da economia.

“Certamente não iremos discutir [as decisões para] o primeiro trimestre antes de Dezembro deste anos”, disse o também presidente do Banco Nacional da Austria, à Bloomberg. “Ainda estamos a enfrentar desenvolvimentos económicos com um elevado grau de incerteza em muitos aspectos. É, de certo, muito cedo para tomar uma posição clara”.

O BCE prolongou, a 2 de Setembro, as medidas extraordinárias de apoio aos bancos até 2011, de forma a dar-lhes mais tempo de equilibrarem o seu balanço, num período em que a economia da Zona Euro demonstrou sinais de enfraquecimento. Os instrumentos de apoio à economia em vigor, eram para ser retirados no início do ano, mas essa intenção foi revista com um agravamento da crise financeira internacional.

Na semana passada, o banco reviu em alta a sua estimativa de crescimento, para uma média de 1,6% em 2010 de uma previsão anterior de 1% e de 1,2% para 1,4% em 2011. Na mesma semana, a autoridade monetária manteve a taxa de juro para a economia inalterada. A taxa de juro de referência encontra-se no mínimo histórico de 1%, em que foi fixada durante a crise financeira.

"Os actuais níveis da taxa de juro são extraordináriamente baixo no longo prazo, o que significa que vamos certamento começar a ver um processo de normalização tão cedo quanto possível, começando pelas medidas de provisão de liquidez", disse. "É definitivamente uma política do BCE, fixar uma estratégia de saída das medidas extrarodinárias, que esteja em linha com as projecções económicas".