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Barroso confiante de que o BCE vai olhar atentamente para os câmbios
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, afirmou hoje a sua confiança no Banco Central Europeu (BCE), no contexto actual de subida do euro, declarando-se convicto de que a questão merecerá a atenção da autoridade monetária.
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, afirmou hoje a sua confiança no Banco Central Europeu (BCE), no contexto actual de subida do euro, declarando-se convicto de que a questão merecerá a atenção da autoridade monetária.
Interrogado, à margem de uma conferência de imprensa em Bruxelas sobre a sua reacção face a valorização do euro, que estabeleceu segunda-feira um novo recorde acima de 1,52 dólares, Barroso respondeu: "Expresso o meu apoio ao Banco Central Europeu e a minha confiança de que o BCE vai olhar para isto atentamente".
O presidente da Comissão Europeu reconheceu que a divisa europeia atingiu um nível que suscita "preocupações em alguns sectores".
O euro ultrapassou há uma semana a barra simbólica de 1,50 dólares, pela primeira vez desde o seu lançamento em 1999, e prosseguiu em alta até um novo recorde histórico a 1,5274 dólares segunda-feira.
Recuava hoje ligeiramente, abaixo de 1,52 dólares, na sequência das declarações do presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, que lembrou o compromisso dos norte-americanos com um dólar forte.
"Nas circunstâncias actuais, considera como muito importante o que foi afirmado e reafirmado pelas autoridades americanas, ou seja que um dólar forte é do interesse da economia americana", disse aos jornalistas antes de uma reunião dos ministros das Finanças da zona euro em Bruxelas.
José Manuel Barroso considerou no entanto que a força do euro era "um signo de confiança na economia europeia".
"Se a economia europeia não apresentasse tão bons desempenhos, o euro não estaria a este nível", insistiu, lembrando que "o euro (forte) ajudou a absorver certos choques negativos vindos do exterior, principalmente os preços do petróleo e de certas matérias primas".
O euro aligeira matematicamente a factura, expressa em dólares, das importações petrolíferas.