Durão Barroso deverá divulgar quinta-feira as suas prioridades à frente da Comissão Europeia para os próximos cinco anos, um programa centrado na resolução da actual crise e no fortalecimento do tecido económico europeu.

O presidente do executivo comunitário irá na semana seguinte defender essas directrizes políticas junto das várias famílias políticas do Parlamento Europeu, contando que a instituição aprove, em sessão plenária a 16 de Setembro em Estrasburgo, um novo mandato na liderança da Comissão Europeia.

Os líderes das famílias políticas do Parlamento Europeu decidirão a 10 de Setembro se a confirmação de Durão Barroso será feita nessa data ou se a decisão terá de aguardar o referendo na Irlanda sobre o Tratado de Lisboa, que terá lugar a 2 de Outubro.

A ministra dos Assuntos Europeus da Suécia, país que assume a presidência da UE até ao fim do ano, defende que o Parlamento Europeu deve confirmar rapidamente, na sessão plenária de 14 a 17 de Setembro próximo, Durão Barroso como presidente da Comissão Europeia.

"Atravessamos um momento de crise nas áreas económicas e das alterações climáticas que requer liderança europeia, e precisamos dar uma resposta forte e global a essas questões", sublinhou Cecilia Malmström numa audiência perante a Comissão dos Assuntos Constitucionais do Parlamento, em Bruxelas.

Esta responsável recordou que Durão Barroso tem o apoio unânime dos governos europeus e da sua família política, o Partido Popular Europeu (PPE), que foi o mais votado nas últimas eleições europeias.

Durão Barroso resumiu na semana passada em Barcelona o seu "pensamento económico": "Gerir a crise, preparar a saída dela, e ao mesmo tempo restaurar o crescimento edificado sobre um paradigma novo e mais sustentável".